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O músico baiano Gilberto Gil, 79 anos, é o mais novo imortal da ABL. Cantor, compositor instrumentista e também ex-Ministro da Cultura

IMORTAL: Gilberto Gil toma posse na Academia Brasileira de Letras

Gil é o segundo negro na composição atual dos imortais da ABL

Contudo, o músico baiano Gilberto Gil, 79 anos, é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O cantor, compositor instrumentista e também ex-Ministro da Cultura, Gil tomou posse na noite desta sexta (8). Ele é o segundo negro na composição atual dos imortais da ABL. O artista passou a ocupar a Cadeira 20 da Academia. Sucedendo, dessa forma, o advogado, escritor e jornalista Melo Filho. O mesmo faleceu em 2020.

Assim, a cerimônia aconteceu no Salão Nobre da ABL, no Rio de Janeiro. Além disso, contou com a presença da família e amigos do músico. Logo após o discurso, Gil recebeu das mãos da atriz Fernanda Montenegro o colar da Academia. No entanto, a espada foi entregue pelo escritor Arnaldo Niskier. Todavia, o diploma pelo cineasta Cacá Diegues.

Aliás, Gil foi eleito em novembro de 2021 com 21 votos. Sobretudo, para integrar o grupo de acadêmicos. Ele concorreu com o poeta Salgado Maranhão. O mesmo teve sete votos. Além  do autor e crítico Ricardo Daunt, que não recebeu votos nenhum. Agora, é bem sabido, que o baiano estreita os laços da Academia com a música e a cultura popular brasileira.

Gilberto Gil discursou na Academia Brasileira Letras

Aliás, em seu discurso, Gilberto Gil falou do desejo de colaborar para o debate, em prol da cultura e da justiça. “Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da Internet. E a questão merece a atenção dos nossos educadores”, disse.

Gil também comentou sobre papel da ABL na cultura brasileira. E da sua responsabilidade em fortalecer a democracia. “O que os políticos estão fazendo para acabar com a fome e o analfabetismo? Quando conseguiremos alcançar a tão sonhada independência científica e tecnológica? Até quando o Brasil será o “país do futuro” de Stefan Zweig?”, questionou.

Além de ser um dos nomes mais importantes da música brasileira, Gil também atuou na política. Foi vereador pelo Partido Verde e de 2003 a 2008, assumiu o Ministério da Cultura, durante o governo Lula.