O próximo passo depois que os acionistas confirmaram a mudança, a empresa deverá listar suas ações na Bolsa dos Estados Unidos
Acionistas confirmam mudança na Americanas e os proprietários atenderão pedido de afastamento da direção. O trio de sócios Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles vai deixar o controle da varejista Americanas, depois de 40 anos no comando da empresa. A mudança, anunciada no início de novembro, foi oficializada (10) em assembleia geral extraordinária de acionistas.
Acionistas confirmam mudança, indicando que a transação simplifica. Ou seja, a estrutura societária da companhia e responde a uma demanda de investidores. Assim, o próximo passo da empresa deverá ser a listagem de suas ações na Bolsa dos Estados Unidos.
No entanto, pela nova estrutura, a Americanas S.A. vai incorporar a Lojas Americanas. Hoje, tanto holding quanto empresa têm ações listadas na Bolsa brasileira. Desse modo, cada acionista da Lojas Americanas receberá uma fração da ação da Americanas S.A., precisamente 0,188964 do papel.
Dessa forma, com a conclusão desse processo, em que apenas a Americanas S.A. será listada. Assim, o trio de investidores terá sua participação diluída e passará a deter 29,5% do capital,. Deixando, desse modo, o controle para ser o investidor de referência da empresa. Que, aliás, terá capital difuso no mercado. Assim, os acionistas confirmam a mudança.
Acionistas confirmam mudança e nova estrutura
No entanto, os acionistas da Lojas Americanas que não concordarem em receber ações da Americanas S.A. terão um prazo para deixarem de ser acionistas. O prazo final será o dia 13 de janeiro..
Os dissidentes receberão, com isso, R$ 3,47 por ação, valor calculado com base no balanço patrimonial da Lojas Americanas em 30 de junho de 2021.
Depois disso, as bases acionárias terão consolidação. O processo será concluído no dia 21 de janeiro, data que marcará a despedida dos papéis da Lojas Americanas na Bolsa brasileira.
Com a nova estrutura, a Americanas disse que também migrará suas ações para o Novo Mercado, o segmento de listagem da Bolsa brasileira com maiores exigências em termos de governança corporativa. A nova estrutura societária também responde a uma queixa do mercado, que vinha pedindo mais governança à empresa.
Em abril deste ano, quando a companhia uniu as operações físicas e online (a Americanas e a B2W), a composição da holding não foi bem recebida por investidores, já que ela foi pensada exatamente para garantir que o controle fosse preservado.
A estrutura de holding permitia que o trio continuasse mandando na empresa, já que tinha mais do que a metade das ações com voto, mesmo que com menos de 50% de participação na empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: O povo/OESP