Veja detalhes sobre o recadastramento das famílias indígenas em MS
De 20 mil famílias indígenas nas áreas rurais regularizadas de Mato Grosso do Sul, 18,7 mil já foram recadastradas pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos). Contudo, o objetivo é manter os dados atualizados, modernizar, ampliar a transparência e facilitar a entrega das cestas de alimentos. O recadastramento das famílias indígenas vai até o dia 31.
A partir de 2025, haverá um controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta da comida. Os beneficiários usarão um cartão com QR code para retirar a cesta. No entanto, o do titular será na cor azul. Pessoas autorizadas retiram o alimento caso o titular não esteja presente. Contudo, os cartões na cor verde identificam essas pessoas.
De acordo com o cacique Ivanildo Mendes, da Aldeia São João, em Bonito, a entrega é fundamental para garantir a segurança alimentar da comunidade. “A cesta é importante para nós. Algumas famílias não têm renda e a entrega ajuda bastante. A gente não tem reclamação. Os alimentos são muito bons, são de primeiríssima qualidade”, conta o indígena.
Os alimentos são entregues todos os meses em 86 aldeias de 27 municípios de Mato Grosso do Sul. Portanto, a cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.
Comida típica
A entrega dos produtos leva em consideração a expressão cultural e a necessidade nutricional dos povos originários. A saber, parecer técnico da Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMS ajudou a nortear mudanças implementadas em meados deste ano.
Em conclusão, a canjica amarela substituiu a farinha de mandioca, e a erva de tereré foi incluída. Contudo, a quantidade de feijão aumentou de 3 para 4 pacotes de 1 quilo. E a cesta alimentar cresceu, passando de 10 para 11 itens.