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Combate à desinformação: TSE faz acordo com 8 redes sociais

O acordo firmado com o TSE se deu em cerimônia virtual

No combate à desinformação o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou acordo com oito redes sociais. Com iniciativa firmada em cerimônia virtual. A fim de resguardar o processo eleitoral de 2022.

Todavia, neste ano, a novidade foi a inclusão da Kwai. Uma plataforma de compartilhamento de vídeos curtos. “Vamos ter um canal direto com o TSE para [denunciar] conteúdos que violem a legislação eleitoral . E que também causem risco para a integridade das eleições”. Disse Wanderley Mariz, diretor de relações governamentais e políticas públicas da rede social.

Contudo, nesta terça-feira, assinaram os memorandos de entendimento. Em síntese, eles listam ações, medidas e projetos em desenvolvimento em conjunto com TSE e as plataformas. Tudo isso, de acordo com as especificidades da cada uma.

A maioria das redes sociais abrirão canal de denúncia exclusivo para o TSE

Afinal, uma das principais linhas de atuação é a remoção de conteúdos considerados danosos ao processo eleitoral. Dessa forma, plataformas como TikTok, Facebook e Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de publicações que forem julgadas nocivas.

Ao passo que, Facebook e Instagram disseram que abrirão canal de denúncia exclusivo para o TSE. “Uma vez recebida a denúncia, ela será analisada pela Meta, proprietária dos aplicativos. E, se o conteúdo reportado violar as políticas das plataformas, vamos removê-lo”. Diz uma publicação da Meta.

Assim também, o Twitter demonstrou postura mais cautelosa. “Não dependemos apenas de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo. Pois, sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado, é também uma ferramenta eficaz e importante para combater a desinformação”. Disse Daniele Kleiner Fontes, chefe de políticas públicas da plataforma.

Para o WhatsApp “A eleição brasileira é a mais importante no mundo em 2022”

E ainda, o WhatsApp disse que continuará a suspender contas que apresentem “atividade inautêntica”. Em todo o mundo são suspensas mais de 8 milhões de contas por mês do aplicativo. Segundo o representante Dario Durigan. E “A eleição brasileira é a mais importante para o WhatsApp no mundo em 2022”, afirmou o executivo.

Tudo isso, sem citar concorrentes, Durigan afirmou que o aplicativo é “dos únicos serviços de mensagens instantâneas que respeitam a lei brasileira”. Desde o início do ano, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, tem criticado o Telegram, um dos principais concorrentes do WhatsApp.  Devido ao fato do mesmo não possuir representação no Brasil. E nem se submeter às leis brasileiras.

“Nós conseguimos avançar com ferramentas e instrumentos que ajudam a justiça eleitoral”disse Barroso

Contudo é essencial o combate à desinformação. E muito importante que o TSE tenha formalizado esse acordo. Com a finalidade de resguardar as eleições desse ano.

Assim sendo, o diretor de relações governamentais do Google no Brasil, Marcelo Lacerda, anunciou ainda que a empresa divulgará um relatório de transparência de anúncios políticos, “que dará visibilidade sobre quem contratou esses anúncios, quanto pagou, para quem esses anúncios foram servidos e quais os parâmetros utilizados para a segmentação desses anúncios”.

Outras iniciativas das plataformas focam na disseminação de informações oficiais sobre o pleito, que devem receber maior destaque das ferramentas, por meio de links, stickers, avisos e bots do próprio TSE.

“Nós conseguimos avançar com ferramentas e instrumentos. Que ajudam a justiça eleitoral e as plataformas a servirem da melhor forma ao país e a democracia brasileira”. Disse Barroso no evento desta terça. Ele reafirmou que a parceria entre o TSE e as plataformas não envolve nenhuma troca de dinheiro.