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Há um ano a explosão no porto de Beirute deixou mais de 200 mortos e bairros inteiros arrasados

Anistia acusa Líbano por “obstruir” investigação da explosão em Beirute

ONG de Anistia Internacional diz responsável foi levado à justiça pela morte de mais de 200 pessoas Líbano

A Anistia Internacional acusou as autoridades libanesas de obstruir inescrupulosamente a investigação da explosão devastadora no porto de Beirute. A explosão deixou mais de 200 mortos e bairros inteiros arrasados, há um ano.

Desde o drama de 4 de agosto de 2020, nenhum responsável foi levado à justiça. Contudo, a opinião pública continua aguardando as conclusões da investigação libanesa e denuncia a interferência política que poderia sabotar o caso.

ONG de anistia diz questões mais básicas permanecem sem resposta

Dessa forma, a gigantesca deflagração foi causada pelas centenas de toneladas de nitrato de amônio armazenadas sem medidas cautelares, segundo as autoridades, em um armazém abandonado no porto.

Mas as questões mais básicas permanecem sem resposta. Como, por exemplo, o que causou a explosão, por que o nitrato foi deixado no porto apesar do perigo ou quem sabia disso entre os funcionários políticos e de segurança.

“As autoridades libanesas passaram o ano passado obstruindo vergonhosamente a investigação pela verdade e justiça das vítimas”, lamentou a ONG Anistia Internacional em um comunicado.

Investigação internacional

Mais um drama em um país que vive uma depressão econômica “deliberada” segundo o Banco Mundial, e que as famílias das vítimas e a opinião pública percebem como a última consequência de décadas de mau governo e corrupção da classe dominante.

Depois de recusar categoricamente uma investigação internacional, as autoridades libanesas retiraram o primeiro juiz do caso, Fadi Sawan, de suas funções. Isso,  depois que ele indiciou altos funcionários, incluindo o ex-primeiro-ministro Hassan Diab.

Além disso,  seu substituto, Tarek Bitar, também enfrenta obstáculos, nomeadamente a recusa do Parlamento em levantar a imunidade de alguns dos seus membros suspeitos de envolvimento na explosão.

Marchas

Marchas de parentes das vítimas e ativistas estão agendadas para quarta-feira em Beirute.  Assim, como o primeiro aniversário da tragédia, para exigir que a imunidade parlamentar seja levantada e que a justiça seja feita.

Ft: eltelam