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Cooperativa da agricultura urbana é uma alternativa para resolver um dos gargalos da horticultura, que é a garantia da comercialização num volume suficiente

Agricultores se unem para criar cooperativa da agricultura urbana

A ideia é fidelizar um grupo de até 150 consumidores que vai pagar uma taxa mensal entre R$ 80,00 e R$ 160,00

Um grupo de pelo menos 25 pequenos produtores que se dedica ao cultivo de verduras e legumes em hortas de diferentes regiões de Campo Grande está se organizando para fundar uma cooperativa da agricultura urbana. Com o apoio do FAC (Fundo de Apoio da Comunidade) e da Sidagro (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), o projeto contempla a comercialização no formato de clube de compras.

Portanto, a ideia é fidelizar um grupo de até 150 consumidores que vai pagar uma taxa mensal entre R$ 80,00 e R$ 160,00 e receberá toda semana uma cesta com até 11 itens de hortaliças. Além disso, as cestas serão retiradas na UTA (Unidade Técnica da Agricultura Urbana), localizada na Rua Santana, no Vilas Boas. Mediante o pagamento de taxa; haverá entrega em domicílio.

O que é a cooperativa da agricultura urbana

Este modelo de economia colaborativa, conforme explica um dos idealizadores do projeto, Rafael Rodrigues, é uma alternativa para resolver um dos gargalos da horticultura, que é a garantia da comercialização num volume suficiente para assegurar renda ao produtor e confiança para manter e ampliar a área de produção.

“Hoje, parte do lucro fica com o atravessador. Aliás, nem sempre a gente tem a garantia de que o cliente compra com assiduidade a produção. Basta aparecer um fornecedor com preço menor, que ele muda. Semana passada, por exemplo, tive que doar 200 caixas de alface e couve porque não tinha para quem vender”, explica o produtor Edvaldo Pereira.

Há 15 anos ele arrenda um hectare no Jardim Monte Alegre onde produz várias hortaliças. Está nos seus planos abrir uma segunda frente de produção no Bairro Rita Vieira, onde pretende plantar repolho, berinjela e pepino. Hoje, ele recebe R$ 1,00 por pé de alface e que deve chegar ao consumidor pelo triplo do preço. No entanto, a expectativa é de que com a cooperativa, consiga o dobro (R$ 2,00) da garantia de venda, ” o que vai me dar segurança para investir e ampliar a produção”, comenta.

Quem também está animado com a criação de uma cooperativa da agricultura urbana é Juarez Silva que junto com a mulher e os dois filhos cultiva hortaliças numa área de comodato de 1 hectare no Jardim Tarumã. “ De fato, podemos garantir preços melhores e segurança de conseguir vender toda a produção”, avalia. Atualmente ele fornece alface, almeirão, agrião e couve para uma rede de restaurantes, além de vender diretamente na horta para o consumidor. Assim, no espaço há duas estufas para produção de alface hidropônica.

Kits que serão oferecidos

P – 5 itens (R$ 80): rúcula/agrião, alface, repolho/couve, coentro/plantas alimentícias não convencionais e tomatinho.
M – 8 itens (R$ 120): rúcula/agrião, alface, cheiro-verde, repolho, coentro/plantas alimentícias não convencionais, tomatinho, brócolis e couve.
G – 11 itens (R$ 160): rúcula, alface roxa, alface crespa, cheiro-verde, agrião, repolho, coentro, tomatinho, brócolis, couve e plantas alimentícias não convencionais.

Fonte: PM de Campo Grande