Receita de 189 milhões de dólares, prejuízo de 126,4 milhões de dólares, devido aos impactos da pandemia
O número de passageiros foi de 1,8 milhões, enquanto, a receita foi de 189 milhões de dólares, no ano passado. Resultou um prejuízo líquido de 126,4 milhões de dólares, devido aos impactos da pandemia. Em 2019, o número de passageiro ascendeu os 4,5 mil milhões. Os dados são da IATA- Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Ao mesmo tempo, os voos de cargas foi “o ponto positivo”, já que o rácio de carga disponível por tonelada-quilómetro (ACTK) só caiu 21,4%, enquanto a taxa de ocupação do setor aumentou sete pontos percentuais para 53,8%. Foi, portanto, o maior valor desde que a IATA começou a realizar as medições em 1990.
Frota comercial de passageiros esteve inativa
“Dois mil e vinte foi um ano que gostaríamos de esquecer”, disse o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, em comunicado, mencionando também o desaparecimento de um milhão de postos de trabalho e perdas de 126,4 milhões de dólares .
Willie Walsh destacou que no pior momento da crise, quando os governos de todo mundo fecharam as fronteiras e impuseram quarentenas, 66% da frota de aviões comerciais esteve inativa.
O dirigente da associação que reúne as principais companhias aéreas mundiais acrescentou, no entanto, que as estatísticas revelam também “uma história incrível de perseverança”. Muitos governos reconheceram o estado crítico da aviação e proporcionaram balões de oxigénio financeiro e outras formas de apoio, adicionou.
Rotas internacionais foram as mais afetadas
Walsh pediu ação rápida das companhias aérea e compromisso dos trabalhadores para que o setor supere “o ano mais difícil da sua história”.
Dados da IATA assinalam que em 2020, em assentos disponíveis por quilómetro, a capacidade do setor desabou 56,7%. As rotas internacionais, portanto, foram as mais afetadas com uma redução de 68,3%.
A maior queda no tráfego de passageiros ocorreu no Médio Oriente, onde o valor foi de 71,5% na receita por passageiro-quilómetro (RPK), seguido da Europa, com a redução de 69,7% e áfrica, com 68,5%.
China tornou-se no maior mercado doméstico do mundo
Entretanto, a China tornou-se no maior mercado doméstico do mundo pela primeira vez na história, uma vez que o transporte aéreo foi mais rápido a recuperar depois da pandemia ter sido controlada.
A Ásia-Pacífico foi a primeira região do mundo a transportar passageiros, com 780,7 milhões (queda de 53,4%), seguida da América do Norte, com 401,7 milhões de passageiros (-60,8%) e da Europa, com 389,9 milhões de passageiros (- 67,4%).
Por seu turno, viajaram na América Latina 123,6 milhões de passageiros (-60,6%), no Oriente Médio 76,8 milhões de passageiros (-67,6%). E, por fim, na África 34,4 milhões de passageiros (-65,7%).
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