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Trabalhadores do setor aéreo cancelam greve programada

TST mediou acordo no setor e funcionários aceitaram proposta

Os trabalhadores do setor aéreo terão atividades normais nesta segunda (29). O sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou em comunicado, que funcionários do setor aeroviário decidiram, em votação online, aceitar a proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. Assim, a greve que começaria (29) está cancelada.

Dessa forma, a proposta foi feita em reunião (27) com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), e com a participação das empresas aéreas.

Portanto, a proposta do TST prevê o reajuste imediato de 75% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses nos salários. Assim também o reajuste de 100% do INPC dos últimos 12 meses nas diárias de alimentação nacionais e vale alimentação. Ficou acertada ainda a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais.

Registrou-se 53,68% de votos favoráveis à proposta e 45,56% de votos contra, além de 0,76% de abstenções. No total, 6.956 tripulantes participaram.

Razão do anúncio da greve dos trabalhadores do setor aéreo

Pilotos e comissários de voo tinham anunciado entrar em greve a partir da 0h do dia 29 próximo (segunda-feira), por tempo indeterminado, em todo o país, por decisão em assembleia realizada dia 24.

Na avaliação da entidade que representa os trabalhadores do setor aéreo, a proposta apresentada pelas empresas está “muito aquém de recompor as perdas salariais, já rejeitada pela categoria”. Afirmou, ainda, que o sindicato patronal “negou a ultratividade da atual CCT”,  e não garantindo a manutenção das cláusulas atuais da convenção em caso de um novo acordo não ter sido fechado até a data-base (1º de dezembro).

“Desde o início da pandemia a categoria nunca parou de trabalhar, tendo enfrentado graves riscos de contaminação por covid-19, e deu sua contribuição no combate à doença transportando vacinas, insumos e equipamentos. Além disso, pilotos e comissários deram colaboração importante para a recuperação das empresas aéreas ao aceitar, de maneira correta, reduções salariais e remuneratórias que perduram até hoje”, argumenta o SNA, representante dos trabalhadores do setor aéreo.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias  informou que os 50% de tripulantes que permanecerão em serviço não serão suficientes para garantir a prestação de serviços. “Vale destacar ainda que o envio de listas nominais de empregados que estariam ‘indisponíveis’ fere a liberdade individual de escolha de cada empregado, que pode decidir aderir ou não ao movimento”, acrescentou a entidade representante das empresas, ao defender que as categorias profissionais defendam seus interesses “por todos os meios legítimos, inclusive a greve, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade”.

Fonte: Agência Brasil