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O conteúdo chamou a atenção de pais e da imprensa, mas a tecnologia descrita no TikTok como "droga digital" já é conhecida n

TIKTOK: “Droga Virtual” viraliza na plataforma

O TikTok é uma plataforma criada em 2012 pelo chinês  Zhang Yiming na China e ganhou fama na pandemia com videos curtos, mas pode trazer alguns conteúdos duvidosos

TikTok ligada com uso de droga? Nos últimos dias, o TikTok teve conteúdos sobre uma “nova tendência” entre adolescentes: o uso de músicas para entrar “na onda” sem precisar usar drogas.

Aparentemente, tudo começou quando o vídeo de um garoto ensinando seus seguidores a obter um efeito mental semelhante ao de um alucinógeno se espalhou no TikTok. “Hoje eu vou ensinar para vocês como ficar ‘loucão’ sem droga e sem nada entorpecente, totalmente legalizado. Você só vai precisar de duas coisas: internet e Youtube”, diz o influenciador. O vídeo chamou a atenção de pais e  imprensa, mas a tecnologia descrita no TikTok como “droga digital” já é conhecida na internet.

Como funciona o iDoser?

A plataforma iDoser é famosa por vender esse tipo de conteúdo há muito. Segundo a empresa, as sonoras “estimulam o humor e as sensações a partir de músicas gravadas com ondas binaurais”. Isso acontece quando dois sons com frequências e intensidades diferentes, mas muito próximas, são combinados em um só.

“Muitos usam áudio de ondas cerebrais binaurais para relaxar, melhorar a meditação, ioga e muito mais. Com centenas de doses disponíveis, as possibilidades são infinitas”, a empresa explica em seu site.

TikTok e droga virtual

Com a repercussão da “droga digital”, muitas pessoas têm falado nas redes sociais que os usuários podem até ter overdose da ‘substância’. A informação, no entanto, é falsa. Segundo especialistas, os áudios não são prejudiciais para a saúde e não causam dependência, mas ainda é preciso ter cuidado com a audição.

O neuroimunologista Thiago Taya, do Hospital Brasília, explicou que ainda não existem provas científicas para provar as consequências de consumo. Ainda assim, ele supõe um efeito sem interação com o organismo. “[O áudio] cria uma experiência auditiva incomum que faz com que uma pessoa estimulada acredite que é o efeito de uma droga. Mas está longe disso”, explica.