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No Reino Unido, paciente com suspeita de varíola dos macacos foi levado imediatamente para isolamento. 7 casos da doença foram confirmados

REINO UNIDO: Suspeita de varíola dos macacos leva paciente para isolamento

O paciente retornou de viagem da Nigéria para o Reino Unido

No Reino Unido, paciente com suspeita de varíola dos macacos foi levado para isolamento. Aliás, até o momento, sete casos da doença foram confirmados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza o acompanhamento da situação epidemiológica.

Entretanto, a OMS foi informada no dia 7 de maio, de um caso confirmado de varíola. Contudo, em uma pessoa que viajou do Reino Unido para a Nigéria. Além disso, o indivíduo desenvolveu uma erupção cutânea em 29 de abril. E depois retornou ao Reino Unido em 4 de maio.

Segundo a OMS, no dia 11 de maio teve início o rastreamento extensivo de contatos. Sobretudo, para identificar pessoas que podem ter sido expostas. Tanto em serviços de saúde quanto na comunidade ou no voo internacional. Contudo, esses indivíduos estão sendo acompanhados por 21 dias. Sobretudo, a partir da data da última exposição com o caso. Sendo que nenhum relatou sintomas compatíveis até agora.

Assim sendo, como o caso foi imediatamente isolado. E bem como, o rastreamento de contato foi realizado, o risco de transmissão relacionada a esse caso no Reino Unido é mínimo. De acordo com a OMS. No entanto, não se tem conhecimento da fonte de infecção na Nigéria. E dessa forma, permanece o risco de transmissão contínua neste país.

 

O local e a forma de contágio está sob investigação

Nesta segunda (16), a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) confirmou quatro novos casos de varíola dos macacos no país. Elevando, desse modo, o total para sete. Principalmente, após a identificação de outros dois casos no dia 14 de maio.

E ainda mais, dos casos divulgados nesta segunda, três são de Londres. Além de um caso relacionado no Nordeste da Inglaterra. De acordo com a UKHSA, os novos casos não têm ligações conhecidas com os anteriores.

Os dois casos divulgados no dia 14 são de pacientes que moram juntos na mesma casa. E não estão vinculados ao caso confirmado anteriormente em 7 de maio. De acordo com a agência. O local e a forma de contágio permanecem sob investigação.

Um dos pacientes está recebendo atendimento. Sobretudo, na unidade especializada em doenças infecciosas do St Mary’s Hospital, em Londres. O outro está isolado. E, atualmente não requer tratamento hospitalar.

“Confirmamos dois novos casos de varíola na Inglaterra. Que não estão ligados ao caso anunciado em 7 de maio. Embora as investigações continuem em andamento. Contudo, para determinar a fonte de infecção. É importante enfatizar que ela não se espalha facilmente entre as pessoas. E requer contato pessoal próximo com uma pessoa sintomática infectada. O risco para o público em geral permanece muito baixo”, disse em comunicado Colin Brown. Ele é diretor de Infecções Clínicas e Emergentes da UKHSA.

Sobre o primeiro caso

No dia 7 de maio, notificou-se à OMS um caso confirmado de varíola. Sobretudo, em um indivíduo que viajou do Reino Unido para a Nigéria. Isso, do final de abril ao início de maio. E que permaneceu nos estados de Lagos e Delta, naquele país.

O paciente desenvolveu uma erupção cutânea em 29 de abril. E retornou ao Reino Unido. Chegando, desse modo em 4 de maio. No mesmo dia, o caso apresentou-se ao hospital. Com base no histórico de viagens. Bem como, na erupção cutânea. Suspeitou-se de varíola dos macacos. Sobretudo em um estágio inicial. E o caso teve isolamento de forma imediata. Ainda mais, assegurou-se o uso adequado de equipamentos de proteção individual. Durante toda a internação do paciente.

A varíola dos macacos no paciente teve confirmação laboratorial. Contudo, por diagnóstico molecular (RT-PCR). Realizado, dessa forma, a partir de swab vesicular no dia 6 de maio. Pelo Laboratório de Patógenos Raros e Importados da UKHSA.

Epidemiologia da doença

A varíola dos macacos (Monkeypox) é uma zoonose. Que é transmitida de animais silvestres para humanos. As infecções humanas incidentais ocorrem esporadicamente. E em partes florestais da África Central e Ocidental.

A doença vem pelo vírus da varíola dos macacos. Que pertence à família dos ortopoxvírus. E pode ser transmitido por contato. Bem como, por exposição a gotículas exaladas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de 6 a 13 dias. Mas pode variar de 5 a 21 dias.

doença é muitas vezes autolimitada. Com sintomas que desaparecem espontaneamente dentro de 14 a 21 dias. Os sintomas podem ser leves ou graves. Mas as lesões podem ser muito pruriginosas ou dolorosas.

O reservatório animal permanece desconhecido. Embora seja provável que esteja entre os roedores. Alguns fatores de risco são de conhecimento. Entre eles, o contato com animais vivos e mortos. Tanto através da caça como do consumo de caça ou carne de caça.

Casos na África Ocidental e Central

Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos. Um deles da África Ocidental. E outro da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes é grave em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada.

A taxa de mortalidade de casos para o grupo da África Ocidental foi documentada em cerca de 1%. Enquanto para o da Bacia do Congo, pode chegar a 10%. As crianças também tem maior risco. E a varíola durante a gravidez pode levar a complicações. Como varíola congênita ou morte da criança.

Casos mais leves de varíola podem passar despercebidos. E representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa. É provável que haja pouca imunidade à infecção naqueles que viajam e foram expostos. Pois a doença endêmica é geograficamente circunscrita a partes da África Ocidental e Central.

Embora uma vacina tenha sido aprovada para a prevenção da varíola. E a vacina tradicional contra varíola também fornece proteção. Esses imunizantes não estão amplamente disponíveis. E populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não se beneficiam mais da proteção oferecida por programas anteriores de vacinação contra varíola.

Resposta em saúde pública

As autoridades de saúde do Reino Unido criaram uma equipe de gerenciamento de incidentes. Para coordenar a identificação e o gerenciamento de contatos. O rastreamento extensivo de contatos busca identificar possíveis indivíduos expostos na comunidade. Bem como, no serviço de saúde e no voo internacional. Isso, a partir de 11 de maio. Até o momento, ninguém relatou sintomas compatíveis com a doença.

Todos os contatos identificados foram avaliados e classificados. Isso com base em sua exposição ao caso. E estão sendo acompanhados. Isso por meio de vigilância por 21 dias. Após sua última exposição ao caso. A profilaxia pós-exposição com vacinação está sendo oferecida aos contatos de maior risco.

As autoridades nigerianas tiveram informação sobre este caso. E também do histórico de viagens na Nigéria em 7 de maio. O paciente não relatou contato com ninguém com uma doença de erupção cutânea. Nem mesmo, com varíola de macacos conhecida na Nigéria. Detalhes de viagens e contatos dentro da Nigéria tiveram compartilhamentos com as autoridades do país. Sobretudo, para acompanhamento.

Avaliação de risco

No Reino Unido, houve sete casos de varíola dos macacos relatados anteriormente. Todas as importações estavam relacionadas a um histórico de viagens para a Nigéria. Em 2021, também houve dois casos de varíola humana importados da Nigéria. Que foram relatados pelos EUA.

Desde setembro de 2017, a Nigéria continua a relatar casos de varíola. De setembro de 2017 a 30 de abril de 2022. Um total de 558 casos suspeitos tiveram relatos em 32 estados do país. Destes, 241 casos tiveram confirmação. E houve registro de oito óbitos (taxa de letalidade: 3,3%).

De 1º de janeiro a 30 de abril, notificou-se 46 casos suspeitos. Dos quais 15 deles tiveram confirmação em sete estados.  São eles: Adamawa (três casos), Lagos (três casos), Cross River (dois casos) e Território da Capital Federal (FCT) (dois casos). Bem como, Kano (dois casos), Delta (dois casos) e Imo (um caso). Não houve registro de nenhuma morte em 2022.

No caso recente, a fonte de infecção permanece desconhecida. E o risco de transmissão adicional na Nigéria não pode ser excluído. Tudo isso, de acordo com a OMS. As autoridades iniciaram prontamente medidas de saúde pública. Uma vez que a varíola dos macacos se tornou suspeita no Reino Unido. Incluindo isolamento do caso e rastreamento de contatos.

Casos importados de varíola de um país endêmico para outro país foram documentados em oito ocasiões anteriores. Neste caso, o paciente confirmado tem um histórico de viagens. E passou pelo estado de Delta na Nigéria. Onde a varíola dos macacos é endêmica.

Recomendações e orientações da OMS

A OMS orienta que deve-se relatar qualquer doença durante a viagem. Bem como, ao retornar de uma área endêmica a um profissional de saúde. Incluindo informações sobre todas as viagens recentes. Além do histórico de imunização.

Residentes e viajantes para países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos). Pois eles podem abrigar o vírus da varíola dos macacos. Como roedores, marsupiais e primatas, por exemplo. E ainda mais, devem evitar comer ou manusear caça selvagem.

Além disso, a OMS reforça a importância da higienização das mãos. Sempre com água, sabão e até mesmo com desinfetante à base de álcool. Embora uma vacina e um tratamento específico tenham sido aprovados recentemente para a varíola. Entre os anos de 2019 e 2022, respectivamente. Essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis.

Um paciente com varíola dos macacos deve sofrer isolamento. E receber cuidados de suporte. Sobretudo, durante os períodos infecciosos. Desde os sinais iniciais até as erupções cutâneas.

O rastreamento oportuno de contatos. Medidas de vigilância e conscientização sobre doenças emergentes importadas entre os profissionais de saúde são essenciais. Sobretudo, para prevenir novos casos secundários. E além disso, o gerenciamento eficaz de surtos de varíola.

A OMS não recomenda nenhuma restrição para viagens e comércio com a Nigéria. Bem como, ao Reino Unido. Isso tudo, com base nas informações disponíveis no momento.