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Sucessos de bilheteria e crítica, respectivamente, os longas trazem novas narrativas e protagonismo com cinema negro, à sua maneira e fugindo de estereótipos.

“Não! Não Olhe!” e “Marte Um” exaltam o cinema negro

Sucessos de bilheteria e crítica, respectivamente, os longas trazem novas narrativas e protagonismo com cinema negro, à sua maneira e fugindo de estereótipos.

Estreiou (30) “Não! Não Olhe!”, longa-metragem de Jordan Peele, diretor de “Corra!” (2017), “Nós” (2019), e o primeiro homem negro  assim no cinema a ganhar um Oscar de melhor roteiro, em 2018.

Coincidentemente, também estreia hoje “Marte Um”, filme do mineiro Gabriel Martins, que venceu os prêmios de melhor roteiro, melhor trilha musical, melhor longa (júri popular) e assim como prêmio especial no 50º Festival de Cinema de Gramado, que aconteceu no último sábado.

Inicialmente além das datas de estreia, os longas reservam mais uma peculiaridade entre si: são filmes idealizados, roteirizados, dirigidos e protagonizados por cinema negro. Mas em relação a esse tema, no entanto, não há uma mera coincidência. O cinema pensado e estrelado por negros vem ocupando espaços importantes a nível mundial.

Cinema negro, Marte Um e Não !Não Olhe!

“É muito forte a gente pensar que no mesmo dia vai ter um filme brasileiro que potencializa muito esse lugar, e um filme americano de um diretor que afirma sua racialidade na tela”, diz o diretor de “Marte Um”, Gabriel Martins, . E a negritude em tela pode ser uma chave para uma mudança em como a população negra é vista e retratada – dentro e fora dos cinemas.

Isso porque tanto em “Marte Um” quanto em “Não! Não Olhe!”, pessoas negras assim são protagonistas e são personagens complexos: não são figurantes nem os primeiros a morrer. São personagens com nome, sobrenome, ideias e trajetórias próprias. E isso altera assim um ponto principal na luta contra o racismo e o preconceito: o fim dos estereótipos e de uma ideia de subalternização.

“E hoje quando a gente vê um novo diretor negro, uma nova narrativa, a gente tá humanizando as figuras negras, e não só como personagens, mas também como criadores.

Se em “Corra!” o personagem do ator Daniel Kaluuya vive o terror de ter de conhecer a família da namorada branca, em “Não! Não Olhe!”, são donos de um famoso rancho na Califórnia precisam lidar com eventos estranhos sobrenaturais. Em suma “Marte Um”, Gabriel Martins vai além e propõe a uma família negra e periférica que ouse a sonhar.

Portanto assim contribuir para o fim do racismo e de uma dinâmica de inferiorização, propõe uma ideia de sociedade possível viver quaisquer aventuras.

Fonte:HeadTopics