Homenagens a diversas personalidades importantes serão feitas nas moedas americanas, e Maya Angelou é a primeira mulher da lista
A ativista, escritora e poetisa Maya Angelou se tornou a primeira mulher negra a estampar moedas de dólar nos Estados Unidos. A imagem dela aparece no verso da nova geração das “quarters”, ou seja, as moedas de 25 centavos de dólar, que são as mais utilizadas do país.
A moeda de Maya Angelou é o primeiro exemplar de uma série denominada “Prominent American Women”, que homenageará outras personalidades, como Sally Ride, astronauta e física; Wilma Mankiller, primeira nativa americana líder da Nação Cherokee; Nina Otero-Warren, política e ativista latina; e a atriz Anna May Wong.
Angelou ganhou destaque internacional sobretudo após a publicação de sua autobiografia, “Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola”. A obra traz relatos sobre estupro e racismo no sul dos Estados Unidos. Ela morreu em 2014, aos 86 anos.
A escritora sempre abriu novos caminhos para mulheres negras. Em 1993, recitou o poema “No Pulso da Manhã”, na posse do presidente Bill Clinton. Assim, foi primeira vez que uma mulher apresentou um poema na cerimônia.
Também recebeu condecoração em 2011 pelo presidente Barack Obama com a Medalha Presidencial da Liberdade. Então a mais alta honraria concedida pelo governo americano a ativistas pelos direitos civis.
Ela não chegou a se formar em uma universidade, mas ficou conhecida como “doutora Angelou”. Também foi indicada ao prêmio Pulitzer, o maior reconhecimento da literatura, na categoria poesia, em 1971.
De Malcolm X a Oprah Winfrey, a escritora cultivou amizades em sua vida e foi amiga dos maiores líderes negros do século 20, como James Baldwin e Martin Luther King Jr. Com esse último, trabalhou nos anos 1960 como coordenadora da Conferência de Liderança Cristã Sulista, então organização pelos direitos civis afro-americanos fundada em 1957 por ele.