Com alto teor de proteínas, a bebida fermentada ajuda no bem-estar intestinal e ainda melhora a saúde da pele
Precisamos falar sobre o alimento probiótico, o kefir, que cuida da saúde intestinal, acelera o metabolismo e ainda traz uma série de benefícios para o sistema imunológico e para a pele.
Dessa forma, o kefir é um ingrediente lácteo fermentado cada vez mais recomendado por nutricionistas, tanto por suas propriedades nutricionais e digestivas quanto por sua versatilidade.
Por isso, ele pode ser consumido entre as refeições, no café da manhã, como sobremesa e até como jantar. Especialmente, se o caso é a busca de uma alimentação mais leve.
No livro A Saúde Da Pele Está No Que Você Come (Ed. Zenith), a farmacêutica e nutricionista Paula Martín Clares menciona que o kefir “contém proteínas, carboidratos, potássio, cálcio, magnésio, fósforo e vitaminas A, D e B”.
Entre os benefícios para a pele, está a melhora da psoríase (doença que deixa manchas avermelhadas e faz a pele descamar).
Então, a nutricionista explica ainda que o kefir acelera o metabolismo, ajuda a regular os processos digestivos, limpa o trato gastrointestinal e regula os níveis de glicose e lipídios no sangue.
Alimento probiótico metabolismo e kefir
“Ele tem um alto teor de proteínas e é pouco calórico”, completa a especialista.
Em suas redes sociais, a nutricionista e farmacêutica Marián García (conhecida como Boticaria García) também falou sobre o alimento. “No kefir, a fermentação é feita por leveduras e bactérias.
Ele é excelente para o intestino devido à diversidade de microrganismos que contém”, destaca ela, comparando o ingrediente ao iogurte natural, também muito recomendado para a saúde intestinal.
A relação dos probióticos com o metabolismo
A sabedoria popular associa os alimentos probióticos à saúde intestinal devido à presença de microorganismos e bactérias benéficas para a flora intestinal.
Mas outro fator menos conhecido, e tão importante quanto, é o impacto dessas substâncias no metabolismo e na manutenção do peso.
Isabel Dorst, médica nutricionista e membro da equipe científica de inovação da BIOMES, explica a relação:
“O microbioma intestinal compreende todos os microorganismos em nosso intestino e tem uma grande influência em nossa saúde, nossas defesas e nosso bem-estar. Assim, inúmeros estudos científicos mostram que as bactérias intestinais são determinantes tanto para o ganho quanto para a perda de peso”.
Na verdade, o que acontece é que as bactérias intestinais fragmentam os alimentos para que os nutrientes possam absorvidos e cada uma delas tem uma função.
Em outras palavras, os probióticos melhoram a digestão das gorduras e estimulam o consumo de energia. Desse modo, o kefir, em especial, também traz uma sensação de saciedade.
“Pesquisas mostram que uma dieta rica em alimentos probióticos, como o iogurte, aumenta a diversidade do microbioma e reduz a inflamação abdominal”, acrescenta Martín Clares.
Sendo assim, segundo um estudo realizado em 2013 na Universidade da Califórnia, as mulheres que consumiram probióticos em iogurtes demonstraram ter menos atividade cerebral na área relacionada ao estresse.
A qualquer hora do dia
O kefir é um alimento versátil, e consumido tanto nos intervalos das refeições como no lanche da manhã ou da tarde para combater a inflamação que aumenta durante o dia quanto no café da manhã.
Para complementar o ingrediente, a psiconutricionista Itziar Digón aconselha combiná-lo a sementes de chia, frutas vermelhas e um toque de estévia.
Como escolher um bom kefir
Existem muitas opções no mercado, mas nem todas são equivalentes. Digón dá a dica de observar o teor de açúcar e o tipo de leite contidos na fórmula. “Recomendo comprá-lo em lugares especializados, como lojas de produtos naturais”, diz ela.
Boticaria García também compartilha sua regra de ouro na hora de escolher um bom iogurte ou kefir: o princípio do 3-4-3, ou seja, escolher aquele com 3% de gordura, 4% de açúcar e 3% de proteína.
A profissional sugere ainda alternar diariamente o consumo de kefir com o de iogurte natural, para incluir toda a variedade de microorganismos em nossa microbiota.
Fonte: vogue