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Governo lança Plano Nacional de Fertilizantes. Onde serão discutidos aumento de investimentos na produção e redução de dependência

Governo lança Plano Nacional de Fertilizantes, nesta sexta-feira (11)

Na pauta da discussão está o aumento de investimentos e a redução de dependência

O governo federal lança um Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Onde serão discutidas diretrizes para aumentar investimentos na produção. Como também, para reduzir a dependência de cerca de 85% de importação do produto usado na agricultura.

Entretanto, a cerimônia está marcada para começar às 11 horas, nesta sexta-feira (11). No Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. O evento conta também com as presenças dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Bem como, o de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Além da Economia, Paulo Guedes. E ainda do Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Flávio Rocha.

Entre os países com larga escala de produção agrícola, o Brasil é o único sem autonomia. Estamos falando em relação aos fertilizantes. Dessa forma, isso parece um contrassenso. Se levarmos em conta, o peso do agronegócio brasileiro no comércio internacional.

O prazo para atingir a meta de redução das importações de fertilizantes é muito longo

O fato de que o governo lança o Plano Nacional de Fertilizantes dá muito o que falar. Pois, após a publicação do decreto, a sequência será promover um mapeamento geológico do país. Com o objetivo de descobrir minerais como potássio e fósforo. Os quais são necessários para produção de fertilizantes. Pois sem a matéria-prima, não há como escapar das importações.

“A mineração é a chave. Por isso a estratégia começa pelo mapeamento geológico. Isso para permitir os investimentos. Temos áreas com potencial. E também com viabilidade logística. Mas há outros entraves socioeconômicos. Como a questão da tributação. Que precisará ser revista”, disse a fonte do governo.

Entretanto, o prazo para atingir a meta de redução das importações é extremamente longo. E ainda, mantém o país numa posição de fragilidade diante dos riscos de desabastecimento. “Eu participei do grupo de discussão do plano. E a conclusão é que são necessários investimentos altíssimos. Com o objetivo de reduzir a nossa demanda em 20% ou 30%. Mas isso demora no mínimo 20 anos. Contudo, para se ter um bom resultado”, disse Roberto Rodrigues, que foi ministro da Agricultura.

“A terra brasileira é pobre nos principais produtos químicos. Sobretudo, para garantir o plantio. A variação de qualidade da terra também é muito grande. Mesmo em diferentes regiões. Portanto, o fertilizante é fundamental. Sobretudo, para o desenvolvimento do agronegócio no país. Ao contrário do que muita gente imagina. Desde a ‘grande mentira’ contada por Pero Vaz Caminha de que ‘nesta terra, em se plantando tudo dá’”, diz o ex-ministro.