Você está visualizando atualmente Governo estuda fundo de até R$ 6 bilhões para Portos e Aeroportos
O ministro de Portos e Aeroportos, anunciou que o governo estuda a criação de um fundo, com recursos de R$ 4 a R$ 6 bilhões.

Governo estuda fundo de até R$ 6 bilhões para Portos e Aeroportos

Proposta para fortalecer setor deve estar concluída em 10 dias

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, anunciou que o governo estuda a criação de um fundo, com recursos de R$ 4 a R$ 6 bilhões, para conceder empréstimos a companhias aéreas brasileiras. As operações realizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  

“Já está em construção com o ministro [Fernando] Haddad [da Fazenda], com o presidente do BNDES, [Aloizio] Mercadante. Mas, vamos apresentar ao país um fundo de financiamento da aviação brasileira, para que as empresas aéreas possam buscar crédito, se capitalizar e, com isso, ampliar investimentos na aviação.

“Segundo o ministro, isso inclui desde refinanciamento de dívidas quanto investimentos em manutenção como também a compra de novas aeronaves. Assim, a previsão é que a proposta completa esteja definida em cerca de 10 dias, disse Costa Filho a jornalistas. Isso, logo após a reunião no Palácio do Planalto com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e a presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro.

Contudo, o presidente Lula decidiu buscar alternativas para fortalecer o setor da aviação brasileira, afirmou Costa Filho. Ele destacando que as empresas aéreas não tiveram apoio governamental ao longo dos últimos anos, em que a pandemia de covid-19 e o aumento dos cursos operacionais impactaram o mercado do segmento.

Governo Portos Aeroportos

“Não tivemos, nos quatro anos do governo anterior, nenhum apoio concreto para as companhias aéreas brasileiras. Aliás, nenhuma agenda de redução de custo do querosene da aviação. Nenhuma operação de crédito foi feita, no governo passado, com o BNDES, ou qualquer outro a gente econômico. Da mesma maneira, não foi discutida a agenda da judicialização. Com isso, foi-se sacrificando e colocando as empresas aéreas em dificuldade”, argumentou.

Jurema Monteiro, da Abear, ressaltou que as conversas que estão ocorrendo ainda são de construção do cenário, construção das soluções para que seja possível, em conjunto, com o Ministério de Portos e Aeroportos. Nesse sentido, busca-se dialogar com as demais pastas e encontrar medidas que ajudem o setor a crescer.

Nesse sentido, o governo federal já mantém um fundo de financiamento, o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). O fundo está destinado a financiar infraestrutura aeroportuária em aeroportos públicos. Do mesmo modo, segundo o ministro, o novo fundo destinado às empresas aéreas não tem relação com o Fnac.

Combustível

Além do fundo de crédito para as aéreas, a reunião desta quarta-feira discutiu formas de reduzir o custo do querosene de aviação. De acordo com Costa Filho, que não quis dar detalhes, a modelagem da proposta está sendo feita com a Petrobras.

Por isso, o ministro afirmou também que, após a primeira etapa de discussão de pautas das companhias de aviação, o governo pretende fazer um diálogo com o Poder Judiciário para discutir o alto grau de judicialização do setor aéreo no país.

Voa Brasil

Já o lançamento do programa Voa Brasil, que vai assegurar passagens aéreas a R$ 200 para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni), está marcado para o dia 5 de fevereiro, informou Sílvio Costa Filho.

Fonte: agenciabrasil