Criminosos preferem roubar celulares que já estejam desbloqueados, mas caso o aparelho esteja bloqueado, eles costumam chutar algumas combinações populares
No campo dos golpes do PIX, é possível que um criminoso – utilizando um celular roubado – acesse as contas bancárias instaladas no dispositivo por meio da engenharia social. Mas como os ladrões entram no aplicativo do banco e como podemos nos proteger?
Os criminosos preferem roubar celulares que já estejam desbloqueados, mas caso o aparelho esteja bloqueado, eles costumam chutar algumas combinações populares. Ao desbloquear, muitas vítimas anotam dados de senha de cartão e de banco no próprio bloco de notas do dispositivo.
Utilizam e-mail para recuperação de senha
Como alguns serviços também utilizam e-mail para recuperação de senha, e muitas vezes esse correio eletrônico está cadastrado no celular da vítima, o criminoso consegue realizar uma engenharia social contra a própria instituição, se passando pela vítima e solicitando transações ou trocas de senha.
Caso o ladrão precise de dados pessoais, como data de nascimento e CPF, muitas vezes eles podem ser encontrados no próprio celular da pessoa, seja em mensagens, e-mail ou nos dados de saúde, que algumas vezes ficam registrados.
Acesso às contas bancárias por meio dos golpes do PIX
Entre as dicas para tentar atrapalhar o acesso desses criminosos às contas bancárias por meio dos golpes do PIX, estão:
- Tenha o IMEI, ou número de série, do dispositivo anotado em um local seguro, ou seja, fora do dispositivo. Para descobrir o número, digite *#06# no dispositivo. Caso o aparelho seja roubado, é só solicitor à operadora o bloqueio usando o número do IMEI. Com isso, nenhum chip funcionará no aparelho. Além disso, faça um boletim de ocorrência, pois caso a polícia apreenda o aparelho, ela saberá sua origem.
- Proteja seu CHIP ativando os códigos PIN e PUK do seu chip SIM. Ao ativar o código PIN, ele será solicitado quando o celular for reiniciado e nenhuma função do aparelho será ativada caso o código não esteja correto. E se o criminoso tentar adivinhar e errar o código por três vezes, o aparelho será bloqueado. Para desbloquear, é necessário saber o código PUK.
- Configure o apagamento (wipe) remoto do dispositivo.
- Não utilize o desbloqueio através de reconhecimento facial para aplicativos de banco e corretoras.
- Configure seu app de banco para pedir não só a senha, mas o número da conta e da agência sempre que for aberto.
- Use senhas diferentes para cada aplicativo, principalmente os bancários.
- Não guarde fotos de senhas, documentos ou de cartões de crédito na galeria de fotos.
- Não utilize o recurso de “salvar senha” para aplicativos e portais críticos.
- Proteja aplicativos críticos com MFA (autenticador multifator). Desta maneira, os apps serão acessados com senha e um código gerado por um token, evitando que mesmo que a senha seja descoberta pelo criminoso, ele não terá o token.