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A Mostra, apoiada pela Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, tem como problemática a violência contra a mulher

DANÇA: Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul apoia Mostra de solos

A Mostra, apoiada pela Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, tem como problemática a violência contra a mulher

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul apoia a realização da Mostra “Mote”, que vai apresentar as criações de solos, duos e trios usados como pesquisa de movimento para criação de um futuro espetáculo do Grupo Ginga ainda em construção. Sendo assim, os trabalhos serão apresentados em uma temporada de quatro dias, às 19 horas no Centro Cultural José Octávio Guizo. As demais apresentações aconteceram nos dias 02, 12 e 19 de março, no mesmo local e horário.

Em conclusão, a Mostra tem como problemática a violência contra a mulher, buscando conhecer suas dimensões, desnaturalizando práticas, enraizadas nas relações pessoais e que contribuem para a perpetuação de mortes anunciadas.

“Com apresentações em modo mais intimista buscamos estabelecer um diálogo mais próximo do público, experienciando um dialogo sobre o tema e assim como, a forma como ele foi abordado corporalmente pelos intérpretes”, explica o coreógrafo Chico Neller, diretor do Grupo Ginga.

Dessa forma, a Mostra é o começo que antecede o espetáculo da Ginga, o Silêncio Branco 35 anos. Já o “Mote”, que é o processo de criação do espetáculo, vem anteceder tudo isso.

“Essa Mostra que a gente faz agora no Centro Cultural é criação dos bailarinos, eu só sou um DJ organizando esta cena, logo no início eu tinha uma ideia de mostrar separadamente os solos, duos e trios e no término de cada apresentação a gente comentar sobre. Bem como, a ideia inicial era isso. Transformamos num espetáculo único de 50 minutos, onde eu consegui unir tudo isso, peguei a criação deles todos, a “fala” deles nesse lugar. Durante esse processo de falar sobre violência eu encontrei muita dificuldade, muita resistência das pessoas quererem falar sobre o assunto”, diz Chico Neller.

Grupo Giga – Cultura Mato Grosso do Sul

Segundo o diretor do Grupo Ginga, a Mostra é um processo, uma “fala” dos bailarinos, e que foi muito difícil abordar o assunto da violência contra a mulher.

“Foi bem difícil. O que eles resolveram ‘falar’, o pensamento deles, faz parte desta Mostra e eu faço só uma mixagem de tudo isso, uma direção. O espetáculo que vem lá na frente é um espetáculo que tem o meu carimbo, minha assinatura, minha mão, e a partir desse processo deles, da ‘fala’ deles eu dei seguimento ao espetáculo, mas daí eu colocando a mão e não dando completamente autonomia.”

Em síntese, 0 diretor ainda explica que, desse modo, as falas que são importantes, ele seleciona de alguma forma as partes que interessam e coloca no espetáculo. “A ‘fala’ é como o corpo fala desta problemática”, completa.

Por fim, os intérpretes também trouxeram as músicas da Mostra. “São músicas que evidenciam as questões referentes à violência e tratamento da mulher na sociedade. Portanto, são trilhas que ouvimos muitas vezes em nosso cotidiano e que não nos damos conta do conteúdo que estamos propagando”, diz Chico.

Serviço

Mostra “Mote” de solos, duos e trios – Grupo Ginga

Datas: dias 02, 12 e 19 de março

Horário: 19 horas

Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo

Entrada franca