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Ao contrário das artrites, a fibromialgia não causa inchaço, já que não há inflamação local

DOR EM TUDO: Fibromialgia atinge mais mulheres entre 30 e 60 anos

A fibromialgia é uma dor relacionada ao sistema nervoso central, pode provocar dores muito intensas em todo o corpo e atingir tendões e articulações

A fibromialgia ocorre principalmente nas mulheres. Cientificamente, não há uma razão definida para isso, sendo que qualquer relação com hormônios femininos está descartada, pois as mulheres são afetadas tanto antes como após a menopausa. Sendo assim, a incidência maior recai entre os 30 e 60 anos.

A fibromialgia é uma dor relacionada ao sistema nervoso central, pode provocar dores muito intensas em todo o corpo e atingir tendões e articulações. Sua causa especifica ainda é desconhecida. Não existe uma causa única. Há uma pista, fornecida pelos níveis de serotonina, que costumam ser mais baixos nos portadores de fibromialgia. Tensão, estresse e desequilíbrios hormonais também podem provocar quadros de fibromialgia. Assim, estudos publicados pela US National Library of Medicine nos EUA , mostraram que pacientes de fibromialgia têm uma sensibilidade à dor maior que não pacientes, como se tivessem um botão de volume da dor desregulado.

Os principais sintomas da fibromialgia em mulheres são:

  • Dor generalizada;
  • Fadiga, falta de disposição e energia;
  • Sensibilidade durante a micção;
  • Distúrbios do sono;
  • Distúrbios emocionais/psicológicos;
  • Dores de cabeça;
  • Sensibilidade ao toque na região afetada;
  • Eventualmente, depressão.

Hora da dor

O horário de maior incidência das dores costuma ser no final do dia. Ao contrário das artrites, a fibromialgia não causa inchaço, já que não há inflamação local. No entanto, a dor é muito intensa e, relatam os pacientes, mais forte ao redor das articulações. Outro ponto importante é a fadiga. Além disso, a pessoa tem a impressão de já acordar cansada, e de que a noite de sono não foi reparadora, sendo que essa sensação pode até aumentar ao longo do dia.

Diagnóstico

Os critérios para diagnóstico observam, primeiramente, se as dores persistem por mais de três meses; quais são os pontos onde a dor está incidindo, dentro de um critério pré-estabelecido; ao todo, 18 pontos são avaliados pelo médico e, se a pessoa apresenta outros distúrbios importantes, como os do sono, que é uma queixa recorrente entre pacientes. Aliás, o diagnóstico é clínico, por isso, não são necessários exames laboratoriais. Porém o médico pode solicitar para descartar outras condições que possam causar dores semelhantes.

Tratamento

O tratamento é feito por meio de cuidados multidisciplinares: analgésicos e anti-inflamatórios associados e antidepressivos; acupuntura; massagens; acompanhamento psicológico e atividade física regular. Além disso, os médicos recomendam que se evite carregar pesos excessivos, situações que possam produzir estresse e prejudicar o sono, como por exemplo, luz, barulhos, celular ligado, entre outros.

Fonte: pref. S.Paulo