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osé Marinoni foi destacado para missão na terra indígena Meruri, onde foi diretor da Colônia Indígena Comunidade Sagrado Coração de  Meruri, no Mato Grosso

DESTAQUE: Acadêmicos da UFMS receberão títulos Doutor Honoris Causa

A solenidade será realizada no Teatro Glauce Rocha, com transmissão ao vivo pelo canal da TV UFMS

No dia 5 de dezembro, às 19h, o reitor Marcelo Turine presidirá a cerimônia de entrega de Títulos Doutor Honoris Causa para quatro personalidades acadêmicos de destaque nas áreas da Educação e do Patrimônio Artístico e Cultural do estado: José Marinoni, padre, educador e reitor da Universidade Católica Dom Bosco; Marilena Dias Barreto dos Reis, professora e presidente do Instituto Rondon de Educação; Marisa Joaquina Monteiro Serrano, educadora e ex-senadora; e Pedro Mastrobuono, presidente do Instituto de Museus.

Sendo assim, a solenidade será feita no Teatro Glauce Rocha, com transmissão ao vivo pelo canal da TV UFMS. Aliás, os homenageados tiveram indicação e aprovados pelo Conselho Universitário da Universidade.

Assim, a entrega dos títulos de Doutor Honoris Causa é um dos maiores reconhecimentos acadêmicos de uma instituição universitária. Portanto, como objetivo de premiar as pessoas que serviram de exemplo para a comunidade universitária e para a sociedade.

Doação pelo sacerdócio e pela educação

José Marinoni nasceu no dia 7 de outubro, em Fenegrò, na Província de Como, situada ao norte da Itália. Logo após seus primeiros anos de seminário na Itália, nasceu nele a vontade de tornar-se missionário e,  no ano em que completou 18 anos, veio para o Brasil. Aqui, cursou Filosofia e Pedagogia. Assim, ordenado sacerdote no dia 25 de julho de  1970, em Campo Grande.

Atuou  no Colégio Dom Bosco, como coordenador de estudos. Depois, destacado para missão na terra indígena Meruri, onde foi diretor da Colônia Indígena Comunidade Sagrado Coração de  Meruri, no Mato Grosso. Logo depois, seguiu para Araçatuba como diretor do Colégio Salesiano. Em Campo Grande no ano de 1981, assumiu  as funções de diretor-geral das  Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso e do Colégio Dom Bosco, até o final de 1984. Assim, nos seis  anos seguintes, assumiu a função de inspetor na Inspetoria Salesiana Santo  Afonso Maria de Ligório.

Aliás, tornou-se brasileiro naturalizado. Além disso, recebeu os títulos de cidadão sul-mato-grossense e campo-grandense. Esteve à frente, por duas vezes, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), desde a sua criação  (1993) até 2005; e de 2020 até os dias atuais.

A proponente da homenagem, a vice-reitora Camila Ítavo, relata que a trajetória de José Marinoni, como sacerdote e educador, “inspira e faz ter, cada vez mais certeza de que o único caminho que devemos seguir. Enquanto Instituição de Ensino Superior, é o caminho de fazer o melhor para o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país. Por meio da melhoria do investimento em ciência, tecnologia e inovação, em prol de um ensino forte, de qualidade e inclusivo”.

Causa Indígena

Marilena Dias Barreto dos Reis é presidente Projeto Rondon, criado pelo Governo Federal, na década de 1960, com o objetivo de levar estudantes da área da Saúde a municípios e regiões carentes do Brasil. Despertando consciência crítica frente às diversas realidades nacionais.

O primeiro contato de Marilena com a causa indígena deu-se no ano de 1992. Quando ajudou na implantação do Curso de Magistério Intercultural e Bilíngue para as etnias indígenas, que abriu novos horizontes para a Educação Formal nas aldeias.

O título Doutor Honoris Causa concedido a Marilena Dias Barreto dos Reis foi proposto pela diretora do Câmpus de Aquidauana, Ana Graziele Lourenço Toledo. “Propusemos a homenagem como forma de reconhecer a importância dos esforços daqueles que nos antecederam no sentido de estabelecer a qualidade na formação de professores indígenas. Nosso curso de Licenciatura Intercultural Indígena foi precedido pelo Prolind e pelo trabalho feito pela Professora Marilena, que particularmente em relação ao povo terena. Promoveu oportunidades educacionais que atuaram na formação de professores e líderes comunitários. A comunidade indígena reconhece a importância desta iniciativa da nossa homenageada, e se a comunidade indígena reconhece então para nós do Câmpus de Aquidauana torna-se igualmente importante”.

45 anos de vida pública 

Marisa Joaquina Monteiro Serrano é formada em Letras e Pedagogia e ocupou diversos cargos públicos, como de professora, supervisora, diretora de escola e secretária de Educação do Mato Grosso do Sul.  Sua vida pública começou em 1977, ao ser eleita vereadora de Campo Grande. Também ocupou a Secretaria de Estado da Educação, foi deputada federal e concorreu ao governo do estado. Em 2004, foi eleita vice-prefeita de Campo Grande e em 2006 pediu licença do cargo para concorrer ao Senado, quando tornou-se a primeira mulher eleita senadora por Mato Grosso do Sul. No entanto, renunciou ao cargo de senadora no dia 27 de junho de 2011, para ocupar o cargo de conselheira do TCE-MS.

“A homenagem a ela se dá por sua importância no estado nas mais diversas áreas em que atuou, e por ser uma mulher de destaque. Penso que destacando uma mulher com o título honorífico, estamos destacando todas as mulheres do nosso estado”. Relata o proponente da homenagem e também diretor da Faculdade de Direito, Fernando Lopes Nogueira.

Protetor do patrimônio cultural

Pedro Machado Mastrobuono é presidente do Instituto Brasileiro de Museus. É advogado especializado em direitos autorais, graduado nos cursos de “Storiadell’Arte Italiana” e de “Letteratura Italiana”. Pelo Instituto Italiano di Cultura, órgão ligado ao governo da Itália.

Membro fundador do Instituto Alfredo Volpi de Arte Moderna, que cuida do acervo e da divulgação das obras do pintor modernista ítalo-brasileiro, é autor e coautor de várias publicações sobre Artes e afetividade da proteção do patrimônio cultural.

Assim, exerceu a Presidência da Associação dos Amigos do Museu de Arte Contemporânea, da Universidade de São Paulo. Aliás, foi, também, presidente do Instituto de Arte Contemporânea, em São Paulo.

Para a diretora do Câmpus de Coxim, Silvana Zanchet, que é a proponente da homenagem, a atuação de Pedro Mastrobuono em prol do setor cultural e artístico nacional, merece reconhecimento. “O valoroso currículo do senhor Pedro Machado Mastrobuono, demonstrou que tem uma relevante trajetória pessoal e profissional. Considerando sua notável distinção pelo saber e sua atuação em prol do setor cultural e artístico nacional.Advogando em favor da defesa do patrimônio cultural brasileiro. Portanto, como conselheira é uma honra indicá-lo para receber o título de Doutor Honoris Causa, por sua atuação como um defensor da memória Nacional”.

Fonte: ufms