“Serenidade e moderação”
O comunicado do Banco Central ressalta que o ambiente internacional segue volátil. Enquanto indicadores internos seguem consistentes com a desaceleração da economia antecipado pelo Copom.
“A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação. Enquanto as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, disse.
O colegiado ainda destacou a necessidade de “serenidade e moderação” nos próximos passos da política monetária.
“O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.
Mercado espera novos cortes
Analistas do mercado financeiro projetam novos cortes nas próximas reuniões do Copom. Dando seguimento ao processo de flexibilização monetária apontada nos últimos encontros do colegiado.
Segundo dados do Boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados na segunda-feira (18), a taxa de juros deve chegar a 9% ao fim de 2024, a mesma previsão das últimas 12 semanas.
O recorte mensal da pesquisa mostra que em maio, quando o Copom se encontra pela segunda vez neste ano, os juros caiam novamente 0,50 p.p., passando para 10,25%.
O cenário inflacionário também abre margem para apostas na manutenção do ciclo de queda. Com a redução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indo em direção à meta do BC.
Assim em fevereiro, apesar de o índice ter subido 0,83% ante janeiro, no acumulado de 12 meses o valor caiu para 4,5%.
Aliás, para este ano, a autoridade monetária persegue o centro da meta de 3%, com margem para 1,5 p.p. para cima ou para baixo (1,5% — 4,5%).
Em 2023, o indicador oficial da inflação brasileira, encerrou com alta de 4,62% após superar o teto da meta imposta ao BC em 2021 e 2022.
Fonte: cnn