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Em meio ao tarifaço de Trump, compra de soja continua sendo uma oportunidade para o mercado brasileiro Foto: Pixabay

China deve vir agressiva às compras de soja nos próximos meses para garantir cobertura e mira oferta do Brasil

Compra de soja continua sendo de oportunidade para o mercado brasileiro, porém, com Argentina agora se mostrando como mais uma origem importante

Os preços de compra da soja terminaram o dia com estabilidade na Bolsa de Chicago, mais uma vez. Os futuros da oleaginosa perderam entre 2 e 5,75 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 10,36 e o setembro, US$ 10,25 por bushel. Assim, o mercado operou durante todo o dia de lado. O analista de mercado e diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, explicou a situação. Em outras palavras, há muitas notícias para o mercado digerir. Por isso, ele permanece na defensiva neste momento. Esse comportamento ocorre primordialmente depois das altas fortes registradas na semana anterior

No horizonte dos traders está o início do plantio americano em 2% até o último domingo, segundo informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o clima no Meio-Oeste americano, o final do dólar blend na Argentina, que pode motivar novas vendas de soja em grão e farelo, além da guerra comercial ainda se desdobrando entre as duas maiores economias do mundo.

Na defensiva

Assim, na CBOT, o mercado opta por manter-se na defensiva, esperando por cenários mais claros daqui em diante. Um acordo entre os dois países podendo sair também está na conta, mas ainda distante. “É uma briga de egos o que estamos vendo agora”, diz Fernandes.

De outro lado, o mercado observa ainda a China precisando de mais soja, também como explica o diretor da Royal, e o foco de sua demanda permanece sobre o produto do Brasil.

“Temos que olhar para o consumo da China. Vimos em março a China importar os menores níveis. Em menos de 17 anos, a China nunca teve um período em que tenha embarcado tanta pouca soja em março, isso quer dizer que de onde ela recebe em março, ninguém estava entregando (…) E as indústrias privadas estavam desabastecidas, com os estoques concentrados na mão do governo. Isso diz pra gente que a China vai ter que vir com mais agressão para abastecer seu mercado entre abril e junho. O que esperamos é que esse pequeno volume que vimos em março seja o contrário a partir de junho”, explica.

Fonte: notícias agrícolas