O Serasa mostra que a conta de energia elétrica está há mais de dois meses sem pagamento em 12% dos lares
Os pagamentos das contas de serviços essenciais, de água, luz e gás, comprometem 10% da renda mensal de metade dos brasileiros. Para 11%, os débitos alcançam 40% do orçamento. Os números integram um estudo realizado em parceria entre a Serasa e o instituto Opinion Box.
O que aconteceu
Contas de água, luz e gás natural comprometem o orçamento. Os gastos para a quitação das despesas correspondem a mais de 10% do orçamento de mais da metade dos brasileiros. Para 11% da população, o total equivale a 40% da renda, segundo estudo divulgado pela Serasa.
Dessa forma, despesas são pagas por um único membro em 63% das famílias. Segundo o estudo, a responsabilidade pelas despesas essenciais é dividida em apenas 37% dos lares. Assim, a conta de energia elétrica representa o pagamento fundamental. Karina Lopes, gerente da Serasa, explica que a prioridade envolve, principalmente, o corte frequente do serviço.
Nesse sentido, a energia acaba sendo a prioridade por ser o fornecimento mais rigoroso em termos de corte. Desse modo, se o cliente está há mais de 60 duas em atraso, o agente da distribuidora oferece uma última instância para o consumidor fazer o pagamento sem ter o serviço interrompido.
Pagamentos das despesas com gás são os menos atrasados. O Serasa mostra que a conta de energia elétrica está há mais de dois meses sem pagamento em 12% dos lares, e a de água, em 9%. No caso do gás natural encanado, o atraso é de apenas 1%, por exemplo.
Brasileiros renda contas
O pagamento das despesas essenciais ocorrem em até 90 dias, porque se passar disso o consumidor sofre a interrupção do serviço. (Karina Lopes, gerente da Serasa)
Renda insuficiente é o principal motivo para a inadimplência. Para aqueles que têm as contas essenciais com débitos pendentes, a principal motivação citada é a falta de recursos financeiros. No ano passado, a citação mais frequente era o desemprego, devido ao elevado número de pessoas se reestruturando após a pandemia, recorda Karina.
Brasil tem 67,2 milhões de inadimplentes. Números da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) apontam que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,89%) estavam negativados em março.
O total corresponde sobretudo, a um aumento de 2,67% na comparação com o mesmo período do ano passado. Dessa forma, o levantamento ouviu 3.386 consumidores. O estudo é uma realização do Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, apurado entre 16 e 27 de maio de 2024.
Fonte: economiauol