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Em meio ao cenário de elevação da Taxa Básica de Juros, atualmente em 13,75% ao ano  o custo do crédito da instituição totalizou R$ 9,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023

Bancos apresentam crescimento generalizado nos lucros

Os resultados dos bancos impulsionaram o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3)

Os últimos balanços divulgados pelos bancos indicam que eles vêm mostrando um crescimento generalizado nos lucros. Ontem, o Itaú Unibanco divulgou um resultado líquido de R$ 8,4 bilhões no primeiro trimestre, o melhor desempenho da sua história para o período, com avanço de 14,6% em relação aos primeiros três meses de 2022. Além disso, o ganho do Itaú foi maior do que os lucros de Santander e de Bradesco somados.

Aliás, o resultado do Itaú foi o segundo maior de um banco listado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em toda a série histórica. Ficando atrás apenas da performance do Banco do Brasil no último trimestre do ano passado, de R$ 8,6 bilhões, lembra o diretor comercial da TradeMap, Einar Rivero.

“Entre os 10 maiores lucros históricos, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil dominam, com quatro e seis registros, respectivamente”, comentou.

Em meio ao cenário de elevação da Taxa Básica de Juros, atualmente em 13,75% ao ano  o custo do crédito da instituição totalizou R$ 9,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O que representa uma alta de 30,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, esse aumento ocorreu principalmente em razão da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos Negócios de Varejo no Brasil. Devido à maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantias. Mesmo com custos maiores, o resultado superou a expectativa.

Crescimento dos lucros nos bancos

“Somos, hoje, um banco ágil, diverso e inovador, mas que não abre mão da disciplina e da excelência em gestão de risco que sempre marcou nossa atuação”. Afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho.

Outros bancos também registraram crescimento dos lucros no primeiro trimestre. O BTG Pactual, do bilionário André Esteves, que detém 25% de participação na empresa, teve crescimento de 10% no resultado líquido. Que somou R$ 2,3 bilhões no período. Já o Agibank mais do que dobrou seus ganhos e obteve crescimento de 119,2%, com lucro total de R$ 60,2 milhões. Além destes, o Banco Inter também divulgou números positivos ontem, com crescimento de 40,5% e lucro de R$ 24,2 milhões.

Desse modo, os resultados dos bancos impulsionaram o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Que encerrou o dia em alta de 0,85%, aos 106.042,15 pontos. As ações do Itaú subiram 1,38%, enquanto as do BTG Pactual avançaram 1,12%. Bradesco e Santander também tiveram alta nas ações — de 3,72% e 1,63%, respectivamente.

Portanto para o diretor-executivo da Associação Nacional de Executivos (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, “esse resultado tem a ver, também, com o ambiente de Selic muito alta. Isso dá uma rentabilidade muito grande, porque os bancos emprestam para o governo”, explicou.

Fonte: correiobraziliense