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A colheita da segunda safra do milho deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8%

Atraso no plantio de milho 2ª safra impacta produção, estima-se 67 milhões de toneladas

Grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período, segunda safra deve chegar a 66,97 milhões de toneladas

O plantio de milho tardio na segunda safra trouxe impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período. O clima adverso em algumas regiões produtoras, portanto, influenciou de maneira negativa na produtividade estimada do cereal. E, assim, a colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior.

Com isso, a nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a colheita de grãos na safra 2020/2021 é de 260,8 milhões de toneladas.  Os dados recentes, em suma, estão no 10º levantamento da Safra de Grãos.

Com a atualização, a produtividade do milho 2ª safra pode chegar a 4.502 quilos colhidos por hectare na atual safra. Uma queda, em síntese, de 17,5% em relação à 2019/2020.

Plantio de milho atinge 14,88 milhões de hectares

Já a área plantada do cereal no período registra, dessa forma, um aumento de aproximadamente 8,1%. Atinge-se a 14,88 milhões de hectares. Mesmo com os problemas enfrentados, a estimativa de produção total do cereal é superior a 93 milhões de toneladas. A 1ª safra a colheita, dessa forma, ficou em torno de 24,9 milhões de toneladas. E, ainda, para a 3ª é esperada uma produção de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas.

A soja, por sua vez, tem um acréscimo na produção estimado em 11,1 milhões de toneladas para esta safra. Com a colheita encerrada, a oleaginosa atinge um novo recorde de 135,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo o Brasil como maior produtor da cultura no mundo.

No caso do arroz a produção estimada está em 11,8 milhões de toneladas. Ou seja, aumento de 5,2% frente ao volume produzido na safra anterior. Deste total, cerca de 92% do produto provêm de cultivos irrigados, enquanto que os 8% restantes têm origem em plantios de sequeiro. Já o feijão, a colheita total deve se manter próxima a 3 milhões de toneladas.

Mercado

De acordo com o levantamento da Conab, as exportações de algodão no segundo semestre de 2021 devem atingir patamares menores do que no ano passado. Esta redução se deve à combinação de uma menor produção na atual safra e de um maior consumo das indústrias nacionais. Neste cenário, a tendência é de recuperação  de 16% nos estoques finais da fibra em relação ao volume divulgado no balanço do mês passado.

Quanto ao milho, a Conab mantém inalterada suas projeções de importação em 2,3 milhões de toneladas e de exportação em 29,5 milhões de toneladas. No caso da soja, em 2021, é esperado que o país bata recorde de volume exportado, finalizando o ano com cerca de 86,69 milhões de toneladas (4,5% a mais que no ano anterior). Nos seis primeiros meses deste ano, os embarques da oleaginosa somaram 57,56 milhões de toneladas.

Para o trigo é esperado um estoque de passagem para a safra 2021/22 em níveis confortáveis, com volume próximo a 1,8 milhão de toneladas. Por fim, para o arroz as exportações em junho foram 19% menores que as ocorridas no mesmo período do ano passado. A queda é ainda maior quando se considera o acumulado do primeiro semestre, chegando a uma redução de 50% no volume exportado.

Ft: bbmnet