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Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiram proibir as bets de fazerem apostas envolvendo resultado das eleições. Segundo eles, a prática pode configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. Foto: Agência Brasil

TSE proíbe bets de fazerem apostas com o resultado das eleições

Corte eleitoral decidiu que apostas podem configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por unanimidade que as bets estão proibidas de fazerem apostas com o resultado das eleições.  Para a corte, a prática pode configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos.

“A utilização de organização comercial, inclusive em plataformas online, ou pelo uso de internet, para a prática de vendas, ofertas de bens ou valores, apostas, distribuição de mercadorias, prêmios ou sorteios, independente da espécie negocial adotada, denominação ou informalidade do empreendimento, que contém indicação ou desvio por meio de links indicativos ou que conduza a sites aproveitados para a promessa ou oferta gratuita ou mediante pagamento de qualquer valor, bens, produtos ou propagandas vinculadas a candidatos, ou a resultado do pleito, caracteriza-se como ilícito eleitoral, podendo configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos”, diz o novo entendimento do TSE.

Para a ministra Cármen Lucia, a medida do TSE referente as bets fazerem apostas com os resultados das eleições foi necessária

De acordo com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, a medida é necessária. “Para que se tenha mais efetividade jurídica eleitoral, especialmente para este processo em curso, garantindo à Justiça Eleitoral um pleito seguro, transparente, com respeito às eleitoras e aos eleitores que são livres para votar”, afirmou a magistrada na sessão administrativa da última terça-feira, 17.

Apostas em resultado de eleição

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, ao menos, cinco casas de apostas estavam oferecendo retornos financeiros para jogadores que acertarem qual será os vitoriosos nas eleições de outubro. Contudo, o Ministério da Fazenda considera a jogatina ilegal e a veiculação feita pelas empresas pode configurar propaganda irregular.

As empresas de apostas esportivas oferecem odds (termo que se refere à probabilidade de um determinado evento acontecer) para a vitória de cada um dos candidatos. A saber, o índice significa quanto o dinheiro depositado pelo jogador será multiplicado em caso de vitória.

Em nota enviada ao jornal, a Fazenda disse que as bets podem criar mercados que tenham relação apenas a eventos com temática esportiva ou jogos on-line. “Apostas que extrapolam essas duas modalidades não são previstas pela legislação, não podendo ser assim entendidas como legalizadas”.

Após proibição do TSE, as bets desistiram oficialmente de fazerem apostas envolvendo resultado das eleições

Após a revelação da publicação, a Bet365, Betano, BetSpeed, Sportingbet e Superbet, que ofertavam a jogatina na última quarta, 11, deixaram de disponibilizar as apostas para os jogadores. Contudo, a  equipe de reportagem procurou as empresas, a Betano disse que não vai se pronunciar sobre o tema. As outras quatro não responderam.

Por fim, especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem afirmam que as casas podem interpretar os jogos como propaganda irregular, dependendo da forma de veiculação. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Terra