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O estudo mostrou que o transtorno de compulsão alimentar está diretamente relacionado ao cérebro, que apresenta diferenças significativas em sua estrutura a depender do gênero

Transtornos alimentares são doenças do cérebro, aponta estudo

Novos procedimentos de remediação estão no horizonte e contemplam a relação direta entre o transtorno e o cérebro

Um novo estudo da Keck School of Medicine, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), mostrou que está errada a noção popular de que os transtornos alimentares são resultado de pressão social e falta de força de vontade, e sim um doença do cérebro. No entanto, outra comprovação feita pelos pesquisadores é que a doença é diferente entre meninos e meninas.

A comparação entre gêneros é inédita para pesquisas sobre transtorno de compulsão alimentar periódica. De acordo com o professor associado de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da universidade, Stuart Murray, nas últimas décadas, os homens foram excluídos das pesquisas sobre esses transtornos. O que aliás impacta os resultados nos tratamentos já desenvolvidos.

“Como resultado dessa exclusão, desenvolvemos tratamentos apenas a partir do estudo de mulheres, que depois aplicamos a meninos e homens e esperamos que funcionem com a mesma eficácia”, explica.

Ainda de acordo com ele, essa exclusão ocorria pela errada percepção de que distúrbios alimentares eram incomuns entre homens.

Transtornos alimentares no cérebro

Baseado em trabalhos anteriores, o estudo mostrou que o transtorno de compulsão alimentar está diretamente relacionado ao cérebro. Que apresenta diferenças significativas em sua estrutura a depender do gênero.

Observando 74 crianças com idade entre 9 e 10 anos, foi possível concluir que as meninas com transtorno de compulsão alimentar tinham densidade elevada de massa cinzenta em várias partes do cérebro conhecidas por estarem conectadas ao controle de impulsos e compulsão alimentar, que são sintomas do transtorno.

Já os meninos não apresentaram densidade elevada de massa cinzenta nessas áreas. Com isso, Murray reforça a importância de diferenciar o gênero para a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos.

O professor afirma, ainda, que novos procedimentos de remediação estão no horizonte e contemplam a relação direta entre o transtorno e o cérebro.

Conforme divulgado pela USC, o próximo passo da pesquisa deve ser estudar se além de ter estruturas diferentes. Assim, os cérebros de homens e mulheres com transtorno de compulsão alimentar têm funcionamentos distintos.

Fontes: cnn, jornalfloripa, yahoo