De acordo com essa investigação dos sete mil passos por dia, o mais importante é a quantidade, e não a intensidade do movimento
Após dez anos de estudo, concluiu-se que andar pelo menos sete mil passos por dia reduz de 50% a 70% a mortalidade para todas as causas. A quantidade da passos diários e a intensidade na qual eles são dados estão associadas à mortalidade prematura entre mulheres e homens de meia-idade? Esta pergunta foi feita por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.
Para isso, 2 110 adultos com idades entre 38 e 50 anos dividem-se em três grupos. Isso de acordo com a quantidade de passos diários: baixa (menos de 7 mil), moderada (entre 7 mil e 10 mil) e alta (mais de 10 mil).
Sete mil passos por dia, medidos por um acelerômetro
Os participantes que deram pelo menos sete mil passos por dia, medidos por um acelerômetro, apresentaram a menor taxa de risco de mortalidade. Não variou em relação àqueles que andaram mais de 10 mil passos. De acordo com essa investigação, o mais importante é a quantidade, e não a intensidade do movimento. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Jama Network.
Os sete mil passos equivalem a uma distância de 4 a 5 quilômetros por dia. Parece muito, mas ela contempla todos os deslocamentos, incluindo dentro de casa e no trabalho.
Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), o cardiologista Marco Aurelio Gomes explica que o sedentarismo é um fator de risco significativo de doenças cardiovasculares e mortalidade.
“A prática regular de atividade física deve estar associada a cuidados nutricionais, perda de peso, cessação do tabagismo, controle de níveis de açúcar, lipídios e pressão arterial, além de redução de estresse”, afirma.
Conclusões poderiam ser diferentes
Gomes também destaca, portanto, a importância de aliar exercícios aeróbicos, como a caminhada ou a corrida, com atividades de força, a exemplo da musculação.
O médico ressaltou ainda que o resultado válido somente para a população na faixa etária dos 38 aos 50 anos. Embora a pesquisa tenha um número expressivo de participantes. Para Gomes, as conclusões poderiam ser diferentes com a inclusão de intensidades e volumes variados de exercícios em outras faixas etárias.
Fonte: Scielo, hzm, AgênciaEinstein
