Governo brasileiro receberá primeiras doses da vacina contra a dengue em fevereiro; país terá acesso a 6 milhões de vacinas em 2024, e são necessárias duas doses para proteger da doença
O Ministério da Saúde detalhou nesta segunda-feira (15) que as crianças e os adolescentes com idades entre 6 e 16 anos serão prioridade na vacinação contra a dengue.
Dessa forma, a decisão da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta a imunização de crianças maiores de quatro anos e de adultos com até 60 anos.
Então, o ministério ainda precisará definir como as doses distribuídas para os estados e como será a divisão dos grupos para aplicação da vacina.
Fabricada pelo laboratório Takeda, a Qdenga, nome recebido pela vacina contra a dengue, distribuição limitada no Brasil. Inicialmente, o laboratório fornecerá apenas 6 milhões de doses ao Brasil em 2024, dada a baixa capacidade de produção do imunizante, e o Governo Federal será obrigado a escalonar a aplicação das doses.
Proteção individual
Outro fator que diminui o alcance da vacina é que serão necessárias duas doses para garantir a proteção individual; ou seja, as 6 milhões de doses servirão para proteger cerca de 3 milhões de pessoas.
Por isso, além de limitar o grupo que receberá a Qdenga, o Ministério da Saúde também deve escolher algumas regiões do país que contempladas em detrimento de outras.
O início da vacinação contra a dengue no Brasil acontecerá cerca de um mês após o Ministério da Saúde indicar que o país atingiu um recorde de mortes por dengue no ano passado.
Segundo balanço prévio, registrados 1.079 óbitos até 27 de dezembro.
Sendo assim, o Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo; em 2022, 2,3 milhões entre os 2,5 milhões de casos registrados nas Américas ocorreram no país. Diante do cenário, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a incorporar a Qdenga no sistema de saúde universal; em dezembro, o Ministério da Saúde incluiu o imunizante no SUS.
Fonte: itatiaia
