Dos 15 maiores lucros nominais registrados pelas empresas de capital aberto para o primeiro trimestre, seis foram obtidos pela Petrobras
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 38,2 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 14,4% frente ao mesmo período de 2022. Segundo o balanço, divulgado pela companhia na quinta-feira (11), o resultado teve influência pela queda de 19,9% nos preços do petróleo Brent no primeiro trimestre de 2023, ante igual período de 2022. Aliás, na comparação com os três últimos meses do ano passado, o recuo do lucro foi de 12%.
“Esse resultado tem explicação principalmente pela desvalorização do Brent e menor resultado financeiro, parcialmente compensados por menores despesas operacionais”. Destacou a petroleira, em nota, que também citou que houve uma despesa maior com Imposto de Renda.
Apesar da queda, o resultado representa o segundo maior lucro da história entre empresas de capital aberto para o período, de acordo com levantamento da TradeMap. Assim, dos 15 maiores lucros nominais registrados pelas empresas de capital aberto para o primeiro trimestre, seis foram obtidos pela Petrobras, cinco pela Vale e Bradesco, e Suzano, Itaú Unibanco e Oi registraram um cada.
Segundo o diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Mahatma dos Santos, os resultados revelam que mesmo em um cenário de queda dos preços internacionais do petróleo e redução de seus indicadores operacionais e comerciais. Além disso, na comparação com mesmo trimestre do ano anterior, a companhia preservou a capacidade de geração de caixa.
“O lucro líquido da Petrobras, explicado pela política de preços de derivados praticada pela companhia no mercado brasileiro, que não acompanhou o PPI. Em momento de queda de 20% no preço do brent e de apreciação cambial. Os preços básicos dos derivados no mercado interno subiram 11,7%, na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022”, comentou.
Dividendos
Mais cedo, o Conselho de Administração da petroleira já havia aprovado o pagamento de R$ 24,7 bilhões em dividendos, como antecipação relativa ao exercício de 2023. Contudo, o valor teve aprovação antes da divulgação do resultado da companhia.
Em nota, a companhia afirmou que o montante está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente. A atual política prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões. Entretanto, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença. Entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos). “Esta aprovação é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia”, diz o comunicado.
Fonte: correiobraziliense