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O N9 será integrado à Tília Saúde Digital, plataforma da techtools health que conecta diretamente os hospitais filantrópicos, em tempo real

N9: Anvisa libera dispositivo que possibilita exames pelo celular

Com um aplicativo de smartphone (iOS e Android) conectado a ele, o N9 possibilita aferições e registro automático de dados na nuvem de nove exames físico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização de um dispositivo inédito no Brasil que irá simplificar, agilizar e democratizar os exames, e o melhor; a um baixo custo. Trata-se do N9, um aparelho para exames físicos remoto não invasivo, produzido pela empresa israelense Nonagon.

Assim, o N9 permite capturar e enviar dados, clinicamente validados, diretamente do paciente ao médico. Possibilitando a precisão no diagnóstico e o fornecimento de um plano de tratamento de maneira remota, reduzindo a necessidade de visitas à clínica. A solução, que ganhou o aval da reguladora no final de 2022, é de fácil utilização pelos usuários e de simples integração aos sistemas médicos e hospitalares.

Amplamente comercializado em Israel, nos EUA e em diversos países da Europa, o aparelho terá a venda no Brasil pela Eizik. Empresa fruto de um acordo comercial entre a Techtools Health e a IL Health — via um plano de assinatura mensal.

Como o N9 funciona?

Com um aplicativo de smartphone (iOS e Android) conectado a ele, o N9 possibilita aferições e registro automático de dados na nuvem de nove exames físicos:

  • Estetoscópio (para coração, pulmões e abdômen);
  • Otoscópio (para ouvido);
  • Oxímetro (para saturação e batimento cardíaco);
  • Termômetro IV (para temperatura corporal);
  • Além de exames de boca, garganta e pele, quando acoplado à câmera do smartphone.

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De forma simplificada, o N9 funciona através de uma conta criada a partir da locação do aparelho e assinatura do plano — realizada pelo médico. Ou seja, não é uma aquisição concretizada diretamente pelo paciente. Assim, fica disponível no seu celular um aplicativo específico para a realização das aferições e posterior checagem do médico. Em entrevista, a CEO da Eizik, Tamires Poleti, explicou que o N9 possui quatro sensores pensados exclusivamente para usar com o celular via conexão bluetooth. Contudo, os dados coletados são enviados via nuvem para o especialista responsável.

“Em países como Israel e Estados Unidos, por exemplo, a cultura da telemedicina é mais avançada. Por isso o produto acaba sendo vendido para o usuário final. No Brasil, como a telemedicina ainda está em processo de evolução. O equipamento está sendo oferecido para os prestadores de serviço na saúde como as operadoras e plataformas de telemedicina. Um exemplo de uso é quando o paciente está em um pós-operatório e o médico pode fornecer o equipamento para acompanhamento à distância da evolução do estado de saúde deste paciente”, esclareceu Poleti.

Ainda conforme a executiva, para àqueles preocupados com seus dados, ela pontua que o dispositivo possui uma arquitetura de sistema que garante interoperabilidade com qualquer software proprietário, em anuência às exigências da LGPD.

“Todas as informações pessoais, com resultados de exames e correspondências com o médico, são criptografadas e armazenadas em um sistema baseado em nuvem e compatível com a Health Insurance Portability and Accountability Act-HIPAA [lei de portabilidade e responsabilidade de provedores de saúde]. O acesso às informações de saúde é restrito e só pode ter compartilhamento a critério do paciente”, destacou.

 Dispositivo de exames liberado pela Anvisa

Vicente Di Cunto, CEO da techtools health, acrescentou que para os sistemas de saúde, embora no Brasil os avanços sejam pouco mais lentos, o N9 irá permitir alcançar mais pacientes. Assim, tornando os cuidados de saúde mais acessíveis para qualquer pessoa, em qualquer localidade.

“Além disso, otimiza o tempo de pacientes e de profissionais da saúde, reduzindo a necessidade de consultas presenciais, o que facilita a gestão de filas, reduz o tempo de espera e a exposição a patógenos. Por meio da teletriagem, do teleatendimento direto e do acompanhamento pós-alta. De forma remota ou em clínicas de longa estada, onde não há um médico residente ou mesmo disponível 24×7.”

Para os médicos, o N9 auxilia o processo diagnóstico e a tomada de decisões terapêuticas, com base em dados de exames físicos objetivos e precisos realizados de maneira remota. Seja no primeiro contato, no retorno clínico, no acompanhamento pós-operatório ou em qualquer teleatendimento. Aliás, a assinatura mensal por equipamento custa em torno de R$ 450.

É, ainda, uma ferramenta facilitadora da avaliação da evolução clínica ao longo do tempo e da coordenação do cuidado do paciente. Além de enriquecer a discussão de casos clínicos entre profissionais da saúde, nos contextos de educação médica e interconsultas para obter uma segunda opinião.

Assim, o N9 será integrado à Tília Saúde Digital, plataforma da techtools health que conecta diretamente os hospitais filantrópicos. Em tempo real, entre si e às fontes pagadoras (sobretudo os planos de saúde e o SUS). Interligando pacientes e corpo clínico aos sistemas público e privado de saúde. Sendo assim, para mais informações sobre o equipamento acesse o site Eizik.

Fontes: saúdebusiness, pptasaude