No momento, você está visualizando Mato Grosso do Sul fecha 2024 com gastos com pessoal dentro dos limites da LRF
MS terminou 2024, com gastos com pessoal dentro dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Foto: ALEMS

Mato Grosso do Sul fecha 2024 com gastos com pessoal dentro dos limites da LRF

O Estado de MS, fechou o ano de 2024, mantendo os gastos com servidores públicos dentro dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), confira

Mato Grosso do Sul (MS) encerrou o ano de 2024 mantendo os gastos com servidores públicos dentro dos parâmetros exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O total gasto com a folha de pagamento chegou a R$ 10,915 bilhões, o que correspondeu a 53,90% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado no período. Esse percentual, embora superior ao do ano anterior, permanece abaixo dos limites legais estabelecidos pela Lei Complementar 101/2000. Que fixa os tetos em 60% (máximo), 57% (prudencial) e 54% (alerta). Sobretudo, os dados foram apresentados na tarde (29), durante audiência pública promovida pela Comissão Permanente de Acompanhamento da Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa.

A audiência foi conduzida pelo deputado João Henrique (PL), presidente da Comissão, e contou com a participação de técnicos e gestores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além de representantes do Tribunal de Contas (TCE-MS), do Ministério Público (MPMS) e da Defensoria Pública (DPGE-MS). No encontro, foram expostos os relatórios de gestão fiscal referentes ao último quadrimestre de 2024, bem como ao consolidado anual. Portanto, segundo as informações apresentadas, a RCL do Estado no ano passado foi de R$ 20,25 bilhões, ligeiramente inferior à registrada em 2023, que foi de R$ 20,38 bilhões.

Mato Grosso do Sul fecha 2024 com gastos com pessoal dentro dos limites da LRF, veja mais detalhes a seguir sobre

De acordo com a superintendente de Contabilidade Geral do Estado, Oraide Serafim Baptista Katayama, apenas o Poder Executivo ultrapassou o limite de alerta, que é de 44,1%. Ainda assim, os gastos com pessoal ficaram abaixo dos limites prudencial (46,55%) e máximo (49%) para o Executivo estadual. A despesa com a folha no Executivo chegou a R$ 9,15 bilhões, o que representou 45,20% da RCL. Ela destacou que “a despesa total do Executivo com pessoal. Sobretudo, durante o ano passado, foi de R$ 9,15 bilhões, o que correspondeu a 45,20% da RCL”.

No Judiciário, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) registrou uma despesa total de R$ 1 bilhão com servidores em 2024. Valor superior aos R$ 940 milhões gastos em 2023. Contudo, mesmo com o aumento, o índice – equivalente a 5,12% da RCL – permaneceu abaixo dos limites legais. O diretor do Departamento de Orçamento e Contabilidade do TJMS, Ademar Sandim Taveira, apresentou os dados durante a audiência.

A auditora Daniele Santos da Silveira apresentou os números referentes ao Tribunal de Contas, que comprometeu R$ 204,286 milhões com despesas de pessoal. O equivalente a 1,01% da RCL. O percentual ficou bem abaixo do limite máximo permitido para o órgão, que é de 1,32%. Todavia, já no Ministério Público Estadual, o promotor Luiz Gustavo Camacho Tercariol informou que os gastos com pessoal somaram R$ 304,605 milhões no último ano. Representando 1,50% da RCL, também dentro dos limites legais.

A Defensoria Pública Estadual também cumpriu os limites definidos pela LRF

O contador Bruno Delmondes Xavier apresentou o relatório da instituição, que indicou um gasto de R$ 201,22 milhões com servidores. Comprometendo 0,99% da receita corrente líquida do Estado. No Legislativo, conforme informado pelo secretário de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa, Jericó Vieira de Matos, as despesas com pessoal chegaram a R$ 216,484 milhões. O que representou 1,07% da RCL. “Continuamos cumprindo as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou Jericó durante sua apresentação.

Por fim, esta foi a primeira audiência pública da Comissão sob a presidência do deputado João Henrique. Contudo, a deputada Gleice Jane (PT), também integrante do grupo, participou da reunião. No encerramento, João Henrique destacou “a importância da Comissão na busca de maior transparência do emprego do dinheiro público” e fez a leitura de 31 questionamentos elaborados por ele para o encontro. Entre as perguntas, destacou-se o questionamento sobre “as medidas que o Governo pretende adotar para reverter a trajetória do crescimento da despesa com pessoal”.

Fonte: Gov.MS