Consumidores devem preencher formulário online. Meta utiliza postagens públicas, como posts, fotos, legendas e comentários.
Milhões de consumidores brasileiros começaram a receber um e-mail com o assunto “Entenda como usamos suas informações à medida que expandimos a IA na Meta”. Produzido pelo conglomerado de Mark Zuckerberg, ele faz parte de um acordo com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados para adequar as práticas do Instagram e do Facebook ao que está previsto em lei. A adoção da tecnologia está marcada para 9 de outubro.
A polêmica em torno do assunto se iniciou há dois meses. Quando a Meta passou compulsoriamente a usar as informações das centenas de milhões de adeptos em suas ferramentas de IA. Entre os dados computados pelo sistema estão publicações, fotos, legendas delas e comentários. “Não usamos o conteúdo de suas mensagens privadas com amigos e familiares para treinar nossas IAs”, diz a empresa. A agência reguladora proibiu a prática e depois a liberou.
O novo email cita especificamente o nome de usuário e dá instruções para se opor ao uso de postagens públicas no treinamento das ferramentas de inteligência artificial da Meta.
Entenda sobre a mensagem que a Meta enviou no e-mail dos brasileiros
Contudo, a mensagem fornece um link para um formulário na central de Ajuda do Instagram que o consumidor precisa preencher. A saber, em outras palavras, trata-se de uma abordagem opt-out, em que a pessoa deve se manifestar contrária ao tratamento dos dados.
No entanto, o instituto de defesa do consumidor Idec critica a solução da Meta: “A principal questão não é apenas a identificação dos usuários, mas o uso compulsório de seus dados pessoais para uma finalidade que vai além da prestação do serviço e que visa unicamente o lucro da empresa. A pseudoimunização dos dados não resolve o problema de fundo, que é a falta de consentimento e de transparência no uso dos dados para treinar modelos de inteligência artificial.”
Por fim, a Meta afirma que constrói a próxima geração de recursos de IA em seus serviços. Contudo, garantindo que isso seja feito de maneira segura, responsável e consciente, atendendo às expectativas de privacidade das pessoas”. Contudo, a empresa se comprometeu a atualizar tanto a Política de Privacidade quanto o Aviso de Privacidade do Brasil para refletir as mudanças e a nova data de implementação da tecnologia.
Fontes: forbes, tecnoblog, canaltech