Segundo o Conselho, o valor do FGTS recebido poderá usar para ajudar a pagar as prestações de imóveis adquiridos no Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Inicialmente, a proposta terá direcionamento para famílias com renda mensal de até R$ 2.640.

Agora, caberá a Caixa Econômica Federal publicar as normas e a nova modalidade de uso do FGTS deverá passar a valer em no máximo 90 dias.

Assim com a decisão, a expectativa do governo que cerca de 60 mil famílias com renda até dois salários mínimos beneficiadas por ano. No entanto, a nova modalidade só irá beneficiar novos financiamentos.

O Ministério das Cidades fez algumas simulações de uso do FGTS Futuro por uma família com renda de até R$ 2.640 que adquire um imóvel pelo MCMV. Que aliás, comprometa 25% da renda (R$ 660) com as prestações.

Aliás, com a utilização do FGTS Futuro, será possível financiar um imóvel com prestação de R$ 792. Equivalente a 30% da renda a diferença, de R$ 132, é o chamado financiamento acessório.

Nesse caso, a família que optar pela utilização do FGTS Futuro terá quatro possibilidades.

FGTS Futuro e a Casa Própria

Na primeira, o comprador utilizará esses R$ 132 para pagar as prestações do financiamento acessório. No entanto, caso algum familiar consiga algum trabalho que aumente a renda familiar temporariamente, os depósitos futuros irão amortizar o saldo devedor.

Se a renda da família não mudar ao longo do financiamento, uma segunda possibilidade seria os R$ 132 de depósitos futuros utilizados para pagar o financiamento acessório.

No caso da renda familiar diminuir temporariamente e o comprador ter menos de R$ 132 depositados no FGTS. O valor em conta continuará pagando a prestação do financiamento acessório, e a diferença para os R$ 132 incorporada à dívida total do caução.

A quarta possibilidade, que envolve a demissão do empregado e falta de depósito regular no FGTS, os R$ 132 incorporados mensalmente ao saldo devedor pelo período de até seis meses. Depois disso, terá cobrança da prestação integral do devedor, de R$ 792.

A modalidade do FGTS Futuro instituída no governo de Jair Bolsonaro (PL) e chegou a ter aprovação pelo Conselho Curador do FGTS, mas não passou a valer. Com ela, as famílias poderiam usar 8% de seu salário que depositam mensalmente no Fundo. Por lei para complementar sua parcela no MCMV.

O secretário de habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, disse em fevereiro que milhares de famílias não têm acesso hoje ao crédito habitacional porque não conseguem atingir o limite do financiamento.

Segundo ele, o FGTS Futuro traria esse acesso ao crédito habitacional. Assim, ampliando especialmente para pessoas mais carentes.

Fonte: cnn