Pasta do Ministério da Economia fez anúncio sobre fundo imobiliários da União
A Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia (SEDDM/ME) iniciou um processo de sondagem do mercado financeiro para a criação de fundos imobiliários da União, informou em nota na última terça-feira.
De acordo com a pasta, a estruturação dos fundos imobiliários faz parte do projeto “Incorpora Brasil” e terá como foco ativos de desenvolvimento e logística. Inicialmente, foram selecionados 237 ativos que irão compor os primeiros fundos. Com previsão de lançamento dos editais no mês de março para a seleção das gestoras das carteiras.
Em nota, o Ministério da Economia indica dois ativos que farão parte dos fundos imobiliários. São eles:
- Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG), com uma área de 60 hectares, e
- Via Expressa Beira-Mar Sul, em Florianópolis (SC), com 130 hectares.
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, diz que o programa busca assim uma “solução no atacado” em vez de optar pela venda individual dos imóveis.
“Ao invés de vendermos imóvel a imóvel, podemos monetizar por meio de grandes lotes. O que nos garante escala de venda compatível com a oferta que temos”, avalia o secretário em nota. Para ele, o plano de criar cotas dentro de um fundo amplia a liquidez de grandes imóveis da União. Que não teriam o mesmo êxito se fossem vendidos isoladamente.
O governo federal também espera atrair a atenção do mercado para que mais desenvolvimentos sejam feitos nos bairros no entorno das áreas dos imóveis.
Cronograma dos fundos imobiliários da União
A primeira etapa do projeto envolve a sondagem do mercado para a seleção de participantes para prestação de serviços de constituição, estruturação, administração e sobretudo gestão dos fundos imobiliários, além da modelagem de negócio do projeto. Essa etapa inicial vai primordialmente até 28 de janeiro.
A segunda etapa da sondagem de mercado será composta por reuniões individuais com os agentes do segmento. No Rio de Janeiro e em São Paulo, entre 24 e 28 de janeiro.
De acordo com relatório do Tesouro, há aproximadamente R$ 400 bilhões em patrimônio imobiliário federal sem uso público.
Em setembro de 2021, o governo anunciou que pretendia arrecadar R$ 110 bilhões até dezembro de 2022 com a venda ou a locação de parte dos mais de 50 mil prédios e terrenos públicos que devem entrar então agora para os fundos imobiliários da União.