Nova rodada da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) em Roma, é marcada por tema voltado para finanças, confira
A 16ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) foi retomada, (25), na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, na Itália, para nova rodada de negociações globais. No centro do debate – que prossegue até o dia 27 – está o financiamento para conservação e uso sustentável da diversidade de vida no planeta.
O primeiro encontro, ocorrido em Cali (Colômbia), entre os dias 20 de outubro e 1º de novembro de 2024, terminou sem que os mais de 190 países presentes alcançassem acordo sobre o valor e a forma de financiamento das ações globais de biodiversidade.
A maior parte países, inclusive o Brasil, não chegaram a apresentar nova proposta de Estratégias e Planos de Ação Nacional para a Biodiversidade (NBSAP na sigla em inglês). Alinhadas ao Marco Global de Kunming-Montreal (GBF na sigla em em inglês).
Impasses
De acordo com a secretária, os impasses giram em torno tanto do valor quanto da arquitetura dos mecanismos de financiamento. O parâmetro inicial é US$ 200 bilhões ao ano até 2030, a partir de fontes diversificadas, conforme estabelecido no Marco de Kunming-Montreal.
No entanto, os países com maior biodiversidade são, em maioria, países menos desenvolvidos. E, portanto com menos recursos financeiros para garantir o cumprimento de metas ambiciosas. Já os países mais ricos e desenvolvidos ainda promovem ações prejudiciais à biodiversidade. como, por exemplo, os incentivos fiscais dados às atividades econômicas que exploram a diversidade natural de forma predatória. “Alguns países propuseram que a gente só votasse essas metas mais ambiciosas a partir de assegurar os financiamentos”, afirma a secretária.
Fundos
De acordo com Rita Mesquita, também há uma sensação de insatisfação com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês). Que é o principal instrumento econômico existente para financiar a biodiversidade. O entendimento é que a ferramenta precisa de aprimoramento na governança e tomada de decisões, além de outros recursos de financiamento complementares.
Metas
Nesta segunda rodada de negociações em Roma, o Brasil chegará com as metas nacionais definidas e reconhecidas pelo governo brasileiro. Contudo, confirmando o alinhamento do plano e estratégia nacional ao Marco de Kunming-Montreal. E a posição favorável a construção de um consenso.
“Dentro das nossas metas, a gente também diz que vai contribuir para chegarmos a esse montante de recursos que o mundo, globalmente, precisa chegar”, conclui Rita.
Fonte: infomoney