Festival Africanidades celebra cultura afro-brasileira na UFMS
De segunda-feira (3) até o dia 7 de novembro, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) será palco do Festival Africanidades, evento que abre o calendário do Mês da Consciência Negra e celebra a cultura afro-brasileira. A programação é gratuita e resultado de uma parceria entre a UFMS e o Instituto Projeto Livres, que atua há anos na transformação social por meio da arte, educação e sustentabilidade.
Abertura com música, dança e ancestralidade
A abertura oficial acontece nesta segunda (3), às 19h, no Teatro Glauce Rocha. Além disso, o espetáculo “Show Africanidades” será apresentado pela Banda BatuqueCanta, formada por alunos e educadores do Instituto Projeto Livres.
O grupo une música, dança e ancestralidade. A princípio, utiliza instrumentos feitos com materiais recicláveis e reaproveitados. O repertório mistura coco, maracatu, samba-reggae, forró e baião.
As apresentações incluem canções autorais como “Bate Lata” e “Pinte sua Tela”. Além disso, trazem clássicos da música negra brasileira de Dona Ivone Lara, Leci Brandão e Lazzo Matumbi.
O espetáculo contará ainda com a participação do Coletivo Tarja Preta. Nesse sentido, as artistas Eva Vilma e Carmem Lúcia apresentarão performances poéticas e cênicas.
Desfile Afro Sustentável
Durante o intervalo, o público poderá prestigiar o Desfile Afro Sustentável. Além disso, haverá a apresentação da Coleção Fashion Livres, desenvolvida por mulheres da comunidade. O grupo inclui mães de alunos do Instituto, bem como representantes como Lara Ferraz, Miss Mato Grosso do Sul Petit. Também participa Lorayne Cristina, Miss Mirim.
“Ver nossas mulheres desfilando com aquilo que elas mesmas criaram é emocionante. É sobre autoestima, pertencimento e a beleza que nasce da coletividade”, destaca a professora Rosimara Ribeiro, idealizadora do Instituto Projeto Livres.
O show integra o Projeto Som do Afoxé 2025, que oferece oficinas gratuitas de percussão sustentável para crianças e jovens da periferia de Campo Grande. A iniciativa conta com apoio da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura de Campo Grande e Fundação Municipal de Cultura (Fundac).
Exposição e gastronomia
Ainda hoje (3), às 17h, será aberta a exposição “Raízes em Movimentos”. Além disso, a mostra é organizada pelo Coletivo Enegrecer.
O evento reúne obras de artistas como Érika Pedraza, Lumar, Auriellen Leonel e Glenda Ryan Nefertari, entre outros. A exposição ficará em cartaz durante todo o mês na Galeria do Teatro Luís Felipe de Sousa.
A gastronomia afro-brasileira também terá espaço no festival. Nesse sentido, o destaque será Zezé do Acarajé, que levará o tradicional acarajé baiano. Além disso, o público poderá saborear quitutes típicos e licores artesanais de Marileida.
Programação acadêmica e encerramento
Nos dias 4, 5 e 6, a UFMS promove palestras e rodas de conversa. Além disso, o evento conta com pesquisadores e convidados de 13 países africanos. Durante as atividades, os participantes debatem identidade, assim como ancestralidade e protagonismo negro. Esses temas abrangem as áreas de artes, educação e ciência. O encerramento do festival acontece no dia 7 de novembro, na Concha Acústica da UFMS. O evento ocorre das 17h às 19h30, com o sarau “África na Concha”.
A programação inclui apresentações de Kelly Lopes, Preta Princesa e Associação Cultural Resiliência Capoeira. Além disso, participam a Liga Breaking e Fael Versos 67. Há, ainda, palco aberto para talentos locais. Por fim, haverá ainda espaço de gastronomia, artesanato e economia criativa, promovendo assim a convivência e a celebração coletiva.
Fonte: UFMS





