A Meta anunciou que hackers utilizaram o Facebook para atacar figuras públicas na Ucrânia, incluindo autoridades militares e políticos
Vice-presidente de assuntos internacionais da Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, Nick Clegg anunciou no último domingo que a empresa mantém conversas com o governo ucraniano e, atendendo a pedidos, restringiu acesso de mídias controladas pelo governo russo às suas plataformas, por conta de ataques hackers pelo Facebook. No dia 28, contudo, a empresa também anunciou ações contra um grupo de hackers que age para atingir figuras públicas da Ucrânia.
“Estamos em contato com o governo da Ucrânia, e atendemos ao pedido para restringir acesso à diversas contas na Ucrânia, incluindo aquelas que pertencem a organizações de mídias estatais russas”, publicou Clegg. “Também estamos analisando outras solicitações do governo para restringir mídias controladas pelo Estado russo. Nesse meio tempo, continuaremos marcando e checando esses veículos de comunicação, ao mesmo tempo que proibimos anúncios e desmonetizamos suas contas globalmente”.
Nick Clegg também afirmou que a empresa não pretende proibir o acesso ao Facebook e ao Instagram na Rússia. Segundo ele, muitos cidadãos russos tem utilizado as plataformas dessa maneira para condenar o conflito na Ucrânia.
Ataques de hackers pelo Facebook
“Pessoas na Rússia estão usando o Facebook e o Instagram para protestar e se organizar contra a guerra e também como uma fonte notícias. Porém, o governo russo já está agindo para prevenir esse tipo de atividade. Desligar nossos serviços apenas silenciariam uma importante expressão em um momento crucial”.
Dessa forma, a Meta anunciou que hackers utilizaram o Facebook para atacar figuras públicas na Ucrânia, incluindo autoridades militares, políticos e um jornalista. A informação foi divulgada pela Reuters.
Portanto, em um blog post nesta segunda-feira, a Meta atribuiu os esforços de hackers a um grupo conhecido como Ghostwriter. Segundo a empresa, o grupo conseguiu acesso às contas de mídia social dos alvos.
Por fim, a Meta disse que os hackers tentaram postar vídeos no YouTube das contas que retratavam as tropas ucranianas como enfraquecidas, incluindo um vídeo que afirmava mostrar soldados ucranianos saindo de uma floresta e hasteando uma bandeira branca de rendição.
Fonte: IstoÉ/Exame