O encerramento contou com show de luzes e música marca despedida dos Jogos Olímpicos do Japão e início de contagem regressiva para as Olimpíadas da França em 2024
A cerimônia de encerramento da Olimpíada de Tóquio terminou neste domingo (8) e mostrou que, além da disciplina e organização, o povo japonês sabe fazer festa e também conta com um lado descontraído e divertido.
Ainda em volta com medidas restritivas em relação ao novo coronavírus (covid-19), também não teve público e contou com número reduzido de atletas. Ao final, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse que esta foi a Olimpíada “mais difícil da história”.
No início da cerimônia, a ginasta Rebeca Andrade, vencedora de um ouro e uma prata nos Jogos, foi a responsável por carregar a bandeira do Brasil.
Pouco depois, pequenas delegações de cada um dos países entraram no Estádio Olímpico de Tóquio. Neste momento, um pequeno grupo de cinco pessoas, encabeçado pelo boxeador Hebert Conceição, também medalhista de ouro, representou os brasileiros.
Cerimônia adaptada com inteligência
Clipes com a presença de pessoas fundamentais para a realização dos Jogos também mostraram que o evento vai muito além dos atletas, técnicos, resultados e medalhas. Elementos japoneses também foram reforçados para ratificar a cultura do país-sede, que fez um grande esforço para não deixar a realização escapar por entre os dedos.
As condições incomuns dos Jogos de Tóquio levaram a organização a optar medidas inusitadas como, por exemplo, pela primeira vez os dois pódios da maratona, feminino e masculino, aconteceram juntos.
Por outro lado, tradições também foram mantidas.
A bandeira dos Jogos foi passada da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Assim, a chama olímpica foi apagada e Thomas Bach tomou a palavra para encerrar os Jogos. Para ele, foram os jogos mais difíceis em mais de 120 anos de movimento olímpico.
Encerramento: passando o bastão para a edição de 2024 em Paris
A união dos povos na despedida dos Jogos foi a chance de fazer uma ligação com a edição de 2024, em Paris, que terá novas modalidades.
O breaking voltou a aparecer na festa que acontecia, simultaneamente, em Paris, com centenas de pessoas se reunindo ao redor da Torre Eiffel, em uma grande celebração do evento que estará por vir em apenas três anos. Estrelas do esporte francês, como o judoca Teddy Riner, marcaram presença.
Encerramento e panorama geral
O Brasil evoluiu em medalhas e as mulheres foram o destaque nas Olimpíadas de 2020. Os resultados não impediram o país de terminar os Jogos em 12º lugar, a melhor posição da história, uma acima da alcançada no Rio em 2016. Se viessem mais dois ouros, a delegação brasileira teria ficado em 11º.
Em Tóquio, a delegação brasileira igualou a marca recorde de sete medalhas de ouro – a mesma de cinco anos atrás –, conquistou seis pratas e oito bronzes. O total de 21 pódios em uma só edição é um recorde entre as participações brasileiras em Olimpíadas.
No topo do quadro de medalhas, os Estados Unidos ficaram à frente da China com 39 ouros e 113 medalhas no total, contra 38 de ouro e 88 no total dos asiáticos.