A expectativa do presidente da Faesp, como de todo o mercado, é de que, nesta quarta-feira, 16 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente a taxa básica em 0,75 ponto percentual. Com isso, a Selic passará dos atuais 3,50% para 4,25% ao ano. Para agosto, é esperada uma nova alta, talvez nos mesmos patamares, chegando a 5%.
Esse movimento de alta é uma tendência que se verifica desde março deste ano, quando se iniciou um ciclo de aperto monetário na economia, elevando a Selic de 2% em janeiro, para 2,75% em março, até o nível atual de 3,5%. Até o final de 2021, a expectativa do Boletim Focus do Banco Central é de 6,25% ao ano.
“Como se sabe, a razão da elevação dos juros é a preocupação com o comportamento da inflação no País, que, nos últimos 12 meses, acumula alta de 8,06%, bem acima da meta de 3,75% estipulada pelo Banco Central”, comenta Meirelles. Na última prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, em maio, o índice registrou alta de 0,83%, puxado pelas altas nos preços da energia elétrica (reajustes tarifários e a pressão adicional provocada pela crise hídrica) e dos combustíveis. Foi a maior taxa para o mês desde 1996. No ano, de janeiro a maio de 2021, o IPCA acumula alta de 3,22%.