Planejar seus gastos, guardar dinheiro, organizar suas contas… entenda como isso pode te ajudar a ter mais qualidade de vida e menos dor de cabeça
Como o dinheiro funciona? Engana-se quem pensa que o termo educação financeira se refere a estudos, cursos, palestras e muita teoria. Não.
Educação financeira tem a ver com se situar na vida e ter um controle intencional. Ou seja, tem a ver com organizar as finanças, saber o quanto ganha e gasta, planejar as contas e pensar no futuro.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz de fazer escolhas de forma bem informada.
Em outras palavras, educação financeira é a habilidade de entender como o dinheiro funciona.
Abaixo, veja 6 dicas que podem ajudar a colocar em prática conceitos importantes de educação financeira.
1. Tenha em mente quanto ganha e quanto gasta – como o dinheiro funciona
Esse é o primeiro passo para quem deseja se organizar. Assim, saber o que entra e o que sai de dinheiro na conta é essencial. Assim se mantem os pagamentos em dia e sabe-se os limites de onde se pode ir.
Coloque em uma planilha o salário, os gastos no cartão de crédito e as contas fixas (aluguel, água, luz, mercado, internet). Dessa forma, o controle fica mais fácil.
2. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo
Ter objetivos é essencial para se manter motivado. Assim, as pequenas conquistas de curto prazo podem servir como incentivo para alcançar as metas consideradas de longo prazo.
A metodologia de OKR (sigla para Objectives and Key Results: Objetivos e Resultados-chave, em português), pode te ajudar a traçar metas mais realistas.
Ele é um método de gestão usado por muitas empresas para traçar os objetivos do negócio e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.
3. Tenha um reserva de emergência – o dinheiro funciona assim também
Entretanto, imprevistos acontecem (doenças, viagem de última hora, compromisso familiar, reparos em casa e etc) e ter um dinheiro guardado pode evitar que você tenha dor de cabeça em momentos como esse.
A maioria dos analistas financeiros, no entanto, recomenda que a reserva de emergência seja equivalente a seis salários. Mas não se preocupe se não for. O importante mesmo é ter uma quantia para não passar apuro.
4. Quite contas atrasadas
Liste tudo o que você tem de dívida. Dos gastos no cartão de crédito às despesas da casa, carro e etc, sem se esquecer de registrar os juros cobrados e o tempo em atraso de cada uma.
Assim, você vai conseguir saber quanto da sua renda é possível dedicar nos próximos meses para quitar dívidas que ainda estejam em aberto.
Entre em contato, desse modo, com as instituições para quem você deve e negocie seu débito. Tente, sobretudo, fazer um acordo que caiba no seu bolso.
5. Separe Pessoa Física de Pessoa Jurídica
Se você tem uma empresa, é muito importante não misturar os gastos da sua conta PJ com os da sua conta física. Mantê-los separados irá te ajudar a saber quanto seu negócio tem de lucro, o quanto você gasta e o quanto poderá investir nele, se necessário. Além disso, mantendo os gastos separados você organiza melhor seu orçamento pessoal e evita dívidas.
6. Fale mais sobre dinheiro
Não tenha receio. Converse com os seus pais, cônjuge e filhos. Fale também com o gerente do seu banco e, em caso de dívida, entre em contato com a instituição financeira responsável pelo seu cartão de crédito e tente negociar.
Falar sobre dinheiro pode ser um bom começo para colocar a educação financeira em prática.
Um estudo da University of Cambridge defende que as crianças formam boa parte dos seus conceitos e hábitos financeiros até os 7 anos de idade. Ensiná-las desde cedo a importância de cuidar do próprio dinheiro pode ajudar a mudar a relação que desenvolvem na vida adulta.
Ft: NU