Termo de encerramento põem fim a CPI que, segundo gestão, era objeto de tentativa para desgastar mandato de prefeita
A Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada em Sidrolândia parece ter dado “com os burros n’água”. Em um processo confuso e cheio de idas e vindas, mais uma ação surpreendeu os munícipes de Sidrolândia e trouxe à tona o questionamento sobre o real motivo da instauração da CPI.
Prezados Senhores,
Em nome da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sirvo-me do presente ofício para cancelar a oitiva agendada para o dia 6 de outubro de 2023, na sede da Câmara Municipal de Sidrolândia/MS.
Em razão do fim da fase instrutória da presente comissão, conforme o termo de encerramento que segue em anexo. Atenciosamente, Enelvo Iradi Felini Junior Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Procurado pela nossa redação, o chefe de gabinete da prefeita Vanda Camilo, Waldemar Acosta, disse “É estranho, se você tem uma CPI e intimou as pessoas para serem ouvidas, você tem que ouvi-las. Mas, esse cancelamento é estranho, fizeram tudo ao contrário. No meio do caminho cancelaram as oitivas e já deram como encerrado. Então isso demonstra a confusão que estão fazendo, pois nem o processo legal conseguem seguir. Esse encerramento a toque de caixa, para nós causa estranheza”.
Então, com o cancelamento das oitivas, o presidente da Comissão, Enelvo Felini também encaminhou ao presidente da Câmara de Vereadores, Otacir Pereira Figueredo, um termo de encerramento da CPI.
“Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Sidrolândia/MS, Sr. Otacir Pereira Figueredo, servimo-nos do presente para comunicar que na data de 4 de outubro de 2023, procedemos com o encerramento da parte instrutória da Comissão Parlamentar de Inquérito”.
Motivos uma CPI
Com tantos desdobramentos, a população de Sidrolândia questiona os motivos da abertura de uma CPI que sequer consegue seguir um cronograma, dando força ao discurso de quem defende a gestão municipal de que a Comissão teria sido criada somente para desgastar a imagem da prefeita Vanda Camilo próximo ao pleito eleitoral.
Por isso, uma ação que questiona a legalidade da criação da CPI também está em andamento no Tribunal de Justiça, alegando que não houve quórum suficiente para sua aprovação e que falta um objeto claro de investigação.
Sendo assim, em meio a esse processo, notícias falsas disseminadas, insinuando uma tentativa da prefeita de impedir o depoimento de servidores convocados como testemunhas.
Contudo, conforme esclarecido pela Procuradoria do Município, o verdadeiro foco da ação que tramita na instância judiciária mencionada é estritamente a legalidade da CPI, sem qualquer solicitação para obstruir depoimentos de testemunhas.
Fonte: osulmatogrossense