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O equipamento da praia do Chipre também usado por pessoas idosas.

Chipre: Praias acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida 

Na ilha de Chipre, há cinco praias acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida. Graças a uma aplicação, é possível saber onde se encontram as infraestruturas e usar os equipamentos específicos para poder tomar banho.

Sem acessibilidade, nem equipamentos é muito difícil para uma pessoa com mobilidade reduzida ir à praia de forma autónoma.

“Claro que é preciso um caminho porque não podemos ir pela areia. Não é possível andar na areia com uma cadeira de rodas”, disse à euronews Avros Shiathas, uma das pessoas que já tirou partido das novas infraestruturas da praia de Palalimni, na ilha de Chipre.

Rampas de acesso à praia no Chipre

Graças ao projeto europeu ERMIS II, foi possível construir rampas de acesso à praia, áreas de descanso e, acima de tudo, instalar um sistema Seatrac. Um mecanismo de trilho fixo, que permite que uma pessoa em cadeira de rodas entre e saia da água de forma autónoma. O equipamento também usado por pessoas idosas.

“Quando não há equipamentos ou máquinas deste tipo, precisamos da ajuda de outras pessoas para entrar na água, elas têm que nos transportar. Por isso, ao poderem usar esta máquina de forma autónoma a pessoa sente-se de novo livre e independente”, sublinhou Avros Shiathas.

Projeto de turismo

O projeto de turismo inclusivo foi iniciado por cinco praias da ilha de Chipre e duas em Syros, na Grécia. O orçamento total da iniciativa ronda os 600 mil euros. A Política de Coesão da União Europeia financiou Cerca de 85% do montante.

Além das rampas de acesso e das áreas de repouso, o projeto permitiu adquirir 24 cadeiras de rodas para andar na areia e sete sistemas Seatrac.

Sistema funciona com base na energia solar

Construídos em aço inoxidável para neutralizar o sal e a humidade do mar, com trilhos montados e desmontado em poucas horas. O sistema funciona com base na energia solar.

“O painel solar é a solução ideal. Em primeiro lugar, é ecológico, em termos de impacto no meio ambiente. Em segundo lugar, usamos a energia do sol, não estamos dependentes da rede elétrica. Isso, portanto, po evita ficar sem energia, quando uma pessoa em cadeira de rodas vai para o mar, para que o sistema não pare por falta de energia”, afirmou Ignatios Fotiou, presidente da empresa que desenvolveu o sistema.

Um dos grandes desafios do projeto foi convencer os municípios de que era importante investir neste tipo de equipamento para pessoas com mobilidade reduzida.

“A instalação destes sistemas atraiu pessoas com problemas de mobilidade, não só de Chipre, mas também do estrangeiro. As pessoas agora conhecem os equipamentos. Por isso, as famílias onde há pessoas com problemas de mobilidade vêm para cá de férias. Estamos a dar a conhecer este serviço que prestamos às pessoas e elas vêm para cá por causa disso”, afirmou George Economou, responsável pelas praias do município de Paralimni, na ilha de Chipre.

Ft: euronews