Empresa usa tecnologia para criar uma “versão digital” da pessoa que pode viver para sempre, mesmo depois da morte
A HereAfter AI Inteligência Artificial permiti conversar entre os vivos e os mortos a partir da criação de uma versão digital de alguém, combinando ferramentas de voz e de inteligência artificial avançada.
Contudo, falar com os mortos pode parecer coisa de filme de ficção ou sobrenatural, mas agora é realmente possível “conversar” com quem já faleceu. Por issom, não é a resenha de um novo episódio da série “Black Mirror”. Essa é a proposta de uma empresa de tecnologia sediada na California, nos Estados Unidos.
Ficção x Realidade
O aplicativo desenvolvido pela empresa vai funcionar como um biógrafo. Aos poucos, a pessoa vai respondendo a centenas de perguntas que são feitas para criar um “eu virtual”.
Então, questionamentos como “Quem foi o seu primeiro amor?”, “Qual é sua comida favorita?”, “Conte uma experiência que mudou a sua vida” surgem na tela e o usuário responde por áudio.
Depois, o app categoriza e organiza todas as histórias sobre infância, relacionamentos e personalidade, por exemplo, e desenvolve e aperfeiçoa a versão virtual da pessoa.
No episódio “Be Right Back”, da série britânica de ficção científica Black Mirror, acontece algo parecido. Uma jovem mulher vê sua vida virada do avesso quando o seu parceiro morre e a deixa grávida.
Dessa forma, ela Inteligência Artificial acaba por experimentar um serviço online de vanguarda que permite que as pessoas possa a conversar com os mortos, e contatem falecidos, criando a pessoa digitalmente a partir do material fornecido pelas redes sociais pessoais.
A protagonista se comunica com o seu parceiro por ligações de áudio
Mais tarde no episódio, ela acaba recebendo uma versão física do marido feita de carne sintética. Mas, também é possível enviar fotos, vídeos e todo o tipo de documentos que ajudem a deixar ainda melhor o “produto” para que família e amigos possam acessar no futuro, quando, eventualmente, a pessoa não estiver mais presente.
Contudo, em um artigo do MIT Technology Review, publicação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que é referência na área, a ferramenta de “imortalidade” foi ponderada.
Em um trecho do texto, pode-se ler que: “(…) a ética para criar uma versão digital de alguém é complexa. (…) a tecnologia, para alguns, pode ser alarmante e assustadora. (…) conversar com estas versões digitais pode até mesmo prolongar o luto e tirar a pessoa da realidade”.
Fonte: cnn