O novo acréscimo de 0,75 ponto percentual na Selic anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira, 16, é necessário para evitar que o avanço da inflação deste ano contamine o cenário econômico de 2022, afirmou o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.
O movimento para cima — o terceiro seguido com a mesma magnitude —, elevou a taxa básica de juros para 4,25% ao ano, e deve ser continuado nas próximas reuniões do colegiado até alcançar 6,5%, patamar que representa a normalização integral da Selic.
“A mudança no panorama inflacionário obriga o Banco Central a fazer isso, se não ocorrerá a contaminação da taxa para 2022”, disse à Jovem Pan o economista e sócio da Tendências Consultoria Integrada. Para o ex-ministro, o patamar de 6,5% — o mesmo mantido entre março de 2018 e junho de 2019 —, deixa a autoridade monetária em uma posição confortável para não mudar a taxa de juros até o fim de 2022. “A vantagem é não precisar elevar a Selic ao longo do próximo ano e manter neste nível até 2023.”
Fonte: Jovem Pan, foto: Suno