Ação preventiva entre Sesau e SES (MS), realizada por meio do Telessaúde, busca detectar doenças que podem levar pacientes a cegueira, confira
A paciente Eliane Pereira de Lima, que trabalha como secretária, é diabética e sabe bem a importância de cuidar da saúde, principalmente dos olhos. Sobretudo, ela esteve entre os 400 pacientes atendidos por meio da ação preventiva entre Sesau e SES, realizada por meio do Telessaúde, o objetivo da iniciativa é fortalecer a Atenção Primária, com rastreio de pacientes realizado diretamente nas unidades de saúde do município, em prol de descobrir doenças que podem levar a cegueira.
“Achei excelente. O exame tem ótima qualidade, não dói, é rápido e o atendimento é com excelência. Eles dão muita atenção, explicam tudo e tiram todas as nossas dúvidas. Para mim, foi muito importante, porque a fila para esse tipo de exame é bem extensa. E com esse mutirão, ficou bem mais fácil conseguir”, relatou Eliane, que esteve presente na segunda-feira (2), na USF Macaúbas, realizando o exame, que também foi oferecido (3), na USF Estrela do Sul.
O exame rastreou a retinopatia diabética, uma doença que pode levar à cegueira se não for diagnosticada precocemente
Todavia, o procedimento utiliza uma tecnologia que faz imagens detalhadas da retina, permitindo identificar sinais iniciais de problemas como degeneração macular, glaucoma, catarata e outras alterações.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, destaca que ações como essa são fundamentais para ampliar o acesso e fortalecer a prevenção na rede pública
“Quando levamos o serviço até onde as pessoas estão, promovemos acesso, acolhimento e, principalmente, cuidado. Prevenir é sempre o melhor caminho, especialmente quando falamos de doenças que podem levar à cegueira, como é o caso da retinopatia diabética. Nosso compromisso é cuidar da população com dignidade”, afirma.
A responsável pelo Núcleo de Telessaúde de Campo Grande/Sesau, Núria Ananda Parron Giacomelli Pereira, reforça que a estratégia tem foco na prevenção e no cuidado com quem mais precisa. “Nós oferecemos um cuidado cada vez mais qualificado, levando serviços de saúde para mais perto das pessoas. Com esse trabalho, conseguimos ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e, consequentemente, reduzir o risco de complicações que podem levar à cegueira. É um cuidado que faz diferença na vida da população”.
A ação é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Núcleo de Telessaúde de Goiás, que trouxe para Campo Grande uma estrutura equipada com tecnologia de ponta para oferecer o exame de forma gratuita à população.
Grazielle Almeida Madriny Paim, técnica de enfermagem do Telessaúde de Goiás e responsável pela campanha, destaca que a campanha busca prevenir a cegueira causada por doenças silenciosas, como o glaucoma e a retinopatia diabética.
Diagnosticar o glaucoma cedo pode controlá-lo
“O diagnóstico precoce do glaucoma permite controlar a doença, evitar a perda da visão e garantir melhor qualidade de vida ao paciente. No caso da catarata, após a cirurgia, o paciente recupera grande parte da visão. Por isso, nossa missão é fazer essa triagem, identificar quem está em risco e garantir o encaminhamento para tratamento ou cirurgia, se necessário”, explica.
Os profissionais encaminham os pacientes com indicação de cirurgia para serviços de alta complexidade. Já direcionamos os que precisam de medicação aos centros de distribuição, o que garante um cuidado ágil e resolutivo.”, reforça Grazielle.
Tecnologia que protege a visão e amplia o acesso na saúde pública
Sobretudo, na Teleoftalmologia, as unidades de saúde captam as imagens dos exames, e especialistas as avaliam à distância. Desse modo, com essa tecnologia, podemos diagnosticar doenças mais rapidamente, reduzindo filas e evitando complicações graves que podem levar à cegueira — muitas vezes evitável se identificarmos a doença precocemente.
O público-alvo da ação são pacientes previamente agendados, conforme os seguintes critérios:
- Pessoas com diabete a partir de 12 anos
2. Pessoas com hipertensão a partir de 18 anos
3. Pessoas com 60 anos ou mais
Fonte: PM Campo Grande