Sistema 5G é muito parecido com o que já estamos habituados, ondas eletromagnéticas, geralmente instaladas nos topos dos prédios, carregando dados pelo ar
Os brasileiros aguardam a chegada do 5G visando uma revolução na telecomunicação. Esta tecnologia possibilita avanços como cirurgias remotas, carros autônomos e ganhos de competitividade para a indústria. Porém, ainda não está disponível em larga escala no Brasil.
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça, portanto, a urgência da implementação do 5G no país. Fala-se, dessa maneira, dos impactos que a tecnologia traria ao setor.
Novo sistema 5G
O engenheiro de sistemas eletrônicos da USP Marcelo Zuffo explica que o novo sistema 5G é muito parecido com o que já estamos habituados. São as ondas eletromagnéticas das antenas, geralmente instaladas nos topos dos prédios e que carregam os dados pelo ar.
Parecido, mas muito mais rápido e eficaz. A principal diferença é que o 5G usa frequências de ondas muito menores e, com isso, a nova tecnologia carrega muito mais informação.
“Vai ser uma guinada na história da humanidade. Imaginem tudo. Nossas casas, câmeras, eletrodomésticos. Há uma tendência irreversível, portanto, de conectividade extrema na sociedade”, diz Zuffo.
Quarta revolução industrial
O problema é que essas frequências são menos penetrantes. Por isso, serão necessárias milhares de antenas dessas espalhadas pelas cidades.
Na corrida pela chamada quarta revolução industrial, estão as maiores economias do mundo. Para isso, avalia-se, portanto, o número de cidades de cada nação que já estão utilizando a tecnologia.
Segundo a pesquisa exclusiva da CNI, a China lidera esse processo com 341 cidades, seguida pelos Estados Unidos, com 279, Coreia do Sul, com 85, e Reino Unido, com 54. O levantamento também aponta que, em apenas um ano, o aumento do uso do 5G foi de 350%.
A ausência do Brasil, até agora, na implantação do 5G, faz acender um alerta sobre a demora do país em, portanto, se estruturar para começar a operar essa tecnologia.