Dentro das obrigatoriedades que permanecerão no dia a dia ainda estão o uso das máscaras e a proibição de aglomerações
Após dois meses de bloqueios e várias restrições por conta do aumento nos casos de Covid-19, Xangai permitiu que seus 25 milhões de moradores voltassem à rotina (1/6), com o fim do lockdown. Sendo assim, a notícia trouxe otimismo e também um sentimento de alívio para os habitantes.
Tendo em vista que a maior parte ficou confinada em suas casas nesses últimos 60 dias. No entanto, mesmo com o fim do lockdown em Xangai, os chineses continuarão com cautela, agindo sempre dentro das normas sanitárias.
Economia quase parada
Ao longo do período de lockdown, as fábricas paralisaram suas produções e houve um efeito negativo no já restrito mercado de semicondutores e chips necessários para a montagem de carros, smartphones, eletrônicos, equipamentos hospitalares, entre outros segmentos.
O maior porto do mundo, localizado na cidade, também restringiu a entrada de navios. Causando um congestionamento na espera para desabastecer as mercadorias que certamente levará meses para se normalizar.
Além disso, dentro das obrigatoriedades que permanecerão no dia a dia ainda estão o uso das máscaras e a proibição de aglomerações, como em restaurantes ou festas.
Após o anúncio, Li Qiang, chefe do Partido Comunista de Xangai e aliado do presidente Xi Jinping, disse que as autoridades e moradores da cidade “passaram no teste sob condições extremas e completaram a árdua tarefa”.
Lockdown em Xangai : Críticas e abalo econômico
Ao longo dos dois meses, muitos moradores criticaram o governo tanto pelo abalo nas cadeias de suprimentos quanto por falhas na comunicação. Não houve uma mensagem clara por parte do governo sobre como acontecerá a reabertura dos negócios.
Também não ficou claro se empresas, lojas e supermercados devem continuar a aderir a um sistema de gestão de “circuito fechado” nesse processo de reabertura. Assim, tornou os requisitos de difícil entendimento.
“ De fato, Xangai sofreu um grande revés e perdeu o brilho durante os dois meses de medidas rigorosas de bloqueio. Embora o caminho para a normalidade seja longo. Portanto, essas novas medidas indicam a priorização da recuperação econômica da cidade”, disse Bettina Schoen-Behanzin, vice-presidente da União Europeia.
Zero Covid-19
Apesar da China ter colocado em prática um plano para reunir esforços em busca de zero Covid-19. Muitos países ocidentais criticaram as ações do governo, situação que preocupou investidores.
Os novos casos diários da China estão na casa das centenas, em comparação com dezenas de milhares em muitas nações ocidentais.
Em Pequim, que está lutando contra seu próprio surto, as ruas tiveram movimentos na segunda-feira (30/5). Já que mais moradores voltaram ao trabalho e as restrições do transporte público aliviadas.
Mas as autoridades informaram que o surgimento de um novo caso fora das zonas de quarentena, registrado nesta segunda-feira (30/5), trouxe um alerta e também colocou em xeque a política para zerar a presença do vírus.
“Houve um novo surto hoje. Indicando que a missão ‘dinâmica-zero’ de Pequim é árdua e devemos estar constantemente em alerta”, disse o porta-voz do governo municipal Xu Hejian em entrevista coletiva.
Os distritos de Pequim de Fangshan e Shunyi voltaram às rotinas hoje, com retomada do transporte público, reabertura de bibliotecas, museus, teatros e academias, com regras referentes ao limite de pessoas. Enquanto Xangai registrou 100 novos casos desde o dia 29 de maio, Pequim teve apenas 12.
Mesmo com sinais de recuperação da atividade econômica. Existe uma força das autoridades para manter os testes em um investimento que já totaliza US$ 52 bilhões. Que foi aplicado também em novas instalações médicas, equipamentos de monitoramento e outras medidas anti-Covid, que beneficiarão até 3.000 empresas.
Fonte: olhardigital