Veja tudo que você precisa saber para o deslocamento, especialmente no caso de viajar de avião com pets
A decisão de viajar de avião com pets vem se tornando cada vez mais comum com o aumento no número de hotéis e restaurantes pet-friendly. Dessa forma, o deslocamento, por outro lado, continua sendo um entrave, especialmente no caso de viagens de avião.
As companhias já reconhecem, portanto, que alguns cães e gatos são como verdadeiros membros da família. Mas ainda impõem uma série de requisitos a serem cumpridos – por questão de segurança e conforto dos demais passageiros.
Para complicar ainda mais a situação, cada aérea tem suas próprias regras e cada bicho tem o seu próprio temperamento. Daí nascem as dúvidas. Afinal, as viagens de avião são seguras para os animais? Quais documentos devo providenciar? O pet vai no bagageiro ou na cabine junto com o seu dono?
Essas perguntas foram, portanto, respondidas durante um episódio do podcast Bichos na Escuta. Teve a participação da consultora veterinária Rita Ericson e do especialista em manutenção de aeronaves Lito Souza. Confira as dicas a seguir:
Passagem para viajar de avião com pets
O dono deve comprar a sua própria passagem e na sequência ligar para a companhia em questão para reservar também o lugar do seu pet. É importante fazer isso com antecedência porque a cada voo são aceitos no máximo três animais.
A taxa cobrada varia de acordo com a aérea. A Gol transporta bichos de até 10kg na cabine e de até 30kg no porão, por valores que variam entre R$ 250 nas viagens nacionais e R$ 800 nas internacionais.
A Latam permite que animais de até 7kg viajem junto com os seus donos, mas os de até 45kg devem obrigatoriamente ir no bagageiro. Os preços ficam em torno de R$ 200 a R$ 900 nas rotas domésticas e de US$ 150 a US$ 300 nas com destino ao exterior.
A Azul, por fim, só faz o transporte de pets dentro da cabine. A somatória do peso do animal e da caixa de transporte não pode passar de 7kg. Custa R$ 250 o trecho para viagens nacionais e US$ 100 para quem vai embarcar com a companhia rumo à Lisboa, em Portugal. O novo serviço também é oferecido em viagens dos Estados Unidos e da Europa para o Brasil.
Documentação
Em voos nacionais, as companhias aéreas exigem os seguintes documentos:
- Certificado de vacinação antirrábica para animais com mais de 3 meses de idade, aplicada de 30 dias a um ano antes da data do embarque
- Atestado de saúde do animal comprovando que ele está apto a realizar a viagem, emitido por um médico veterinário no máximo 10 dias antes do voo
Em voos ao exterior, o passageiro pode ter que apresentar ainda outros documentos, como o Certificado Zoossanitário internacional (CVI), expedido pela Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Cabine ou porão?
Segundo o especialista em manutenção de aeronaves Lito Souza, é sempre preferível que o animal fique junto com o seu dono na cabine, onde ele certamente se sentirá menos estressado. Porém, nem sempre é possível fazer essa escolha. Além do peso, o que vai determinar onde o cão ou gato viajará é a dimensão do kennel onde ele está sendo transportado.
Para viajar na cabine, a Gol pede que a acomodação dos animais sejam em caixas rígidas (dimensões máximas de 22cm de altura x 32cm de largura x 43cm de comprimento) ou em bolsas flexíveis (24cm x 32xm x 43cm), sendo que a soma do peso não ultrapasse 10kg. Para viajar no porão, a caixa pode ter até 82cm x 114cm x 142cm.
Na Latam, as dimensões máximas para transporte na cabine são de 19cm x 33cm x 36cm para caixas rígidas é 23cm x 33cm x 36cm para bolsas flexíveis, com peso total máximo de 7kg. No bagageiro, o tamanho aumenta para até 115cm de altura e 300cm lineares (soma da altura, largura e comprimento).
A Azul, por fim, só transporta animais na cabine. Eles devem estar acomodados em caixas ou bolsas com peso máximo de 7kg e dimensões de até 20cm x 31,5cm x 43cm.
Preparo para viajar de avião com pets
Para tornar a experiência mais tranquila para o pet, independente de onde ele viajará, os donos devem fazer com que o cão ou gato se acostume com a caixa onde ele ficará– um processo que deve começar bem antes da data do embarque.
Aliás, no dia da viagem em si, é importante forrar a caixinha com tapete higiênico. Mesmo os animais acostumados a fazerem suas necessidades sempre no mesmo lugar podem acabar deixando escapar xixi ou cocô devido ao estresse.
Embarque e desembarque
Os cães e gatos menorzinhos fazem todo o percurso dentro do aeroporto junto com os seus donos, como se fossem parte da bagagem de mão. A diferença, no entanto, é que eles não passam pelo raio-X: ao invés disso, é feita uma inspeção do kennel no momento do check-in. Os pets não podem sair de suas bolsas ou caixinhas em nenhuma circunstância e, dentro do avião, eles devem ser acomodados abaixo do assento.
Fonte: Petanjo, Petz, passagensimperdiveis, Viagem Turismo