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Lula e Bolsonaro têm pensamentos distintos em relação à condução da economia no país, apesar de terem propostas em comum

Veja os planos econômicos dos candidatos Lula e Bolsonaro

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama disse que o setor de infraestrutura deve ser o mais beneficiado no momento

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) avançaram para o segundo turno na disputa pelo Palácio do Planalto, que acontece no próximo dia 30 e já tem preparado seus planos econômicos para o país.

Os adversários têm pensamentos distintos em relação à condução da economia no país, apesar de terem propostas em comum. Os dois candidatos, por exemplo, afirmam que vão manter o Auxílio Brasil de R$ 600 e que pretendem executar uma nova reforma tributária no país.

Por outro lado, Lula e Bolsonaro divergem sobre o modelo de investimentos para o Brasil, com o atual presidente focando na atração de investimento privado, enquanto o petista busca a retomada de investimentos públicos em infraestrutura e habitação.

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama disse que o setor de infraestrutura deve ser o mais beneficiado no momento. Pois qualquer que seja o próximo governo deve dar atenção especial às obras que precisam ser feitas.

Veja abaixo com mais detalhes o que pensam e o que pretendem os candidatos Lula e Bolsonaro para os planos econômicos.

 Bolsonaro

O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prega “liberdade econômica” como um dos pontos centrais de seu plano de governo. De acordo com o documento enviado e disponível no site do TSE, ele diz que “não há qualquer ligação com tabelamento de preços” e que o governo federal busca a redução de impostos com “responsabilidade fiscal”.

O plano de Bolsonaro também destaca o intuito de promover ações de desestatização por meio da concessão de serviços públicos, de parcerias público-privadas e da privatização de estatais, como no caso da Eletrobras.

A linha de atuação em que o setor privado lidera a condução do crescimento econômica é ressaltada algumas vezes ao longo do plano de governo. Que faz menções aos investimentos angariados com as realizações dos leilões de concessão.

As reformas, que foram debatidas com afinco durante a campanha de Bolsonaro em 2018, também são foco do atual presidente para um segundo mandato. O documento que contém suas propostas determina uma reforma administrativa “com foco na valorização do setor”. E uma reforma econômica “com simplificação de impostos e correção de 31% na tabela do Imposto de Renda.

 Planos Econômicos de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentra seu plano de governo em combater o endividamento e o desalento das famílias. Além de citar um compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável “com estabilidade, investimento produtivo, justiça tributária e transparência” na definição e execução dos orçamentos públicos.

Segundo documento publicado pelo TSE, a proposta de governo petista anuncia como tarefa prioritária “coordenar a política econômica para combater a inflação e enfrentar a carestia. Assim, em particular a dos alimentos e a dos combustíveis e eletricidade”.

Nesse sentido, o combate à inflação é citado cinco vezes no documento do PT, que destacou a atuação do governo atual no combate à alta dos preços, com críticas na condução de medidas. No entanto, durante o decorrer do texto nenhuma ação foi apontada como certeira para ser tomada em um eventual governo visando o combate à inflação.

Incertezas

Especialistas disseram que o resultado das urnas no primeiro turno pode pressionar Lula a dar mais detalhes sobre seu plano econômico e equipe para atrair os eleitores mais moderados. O nome de Henrique Meirelles é bem visto pelo mercado em um eventual governo, segundo os economistas, principalmente sobre a incerteza do cenário fiscal.

“Tanto o presidente Bolsonaro quanto o ex-presidente Lula sinalizaram a intenção de substituir o teto constitucional de gastos como principal âncora fiscal. Mas não está claro o que vem a seguir”, ressaltaram as equipes de análise de política, economia e estratégia da XP.

“O resultado do primeiro turno mais apertado do que o esperado aumenta a possibilidade de reeleição do presidente ou de um Lula mais ao centro. Podendo trazer uma equipe econômica mais responsável à questão fiscal, como o Meirelles, por exemplo. E, inclusive, podendo anunciar a sua equipe econômica antes do dia 30 de outubro”. Afirmou Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos.

Fonte: Suno