Segundo um estudo do Serasa, jovens de até 25 anos, tem sido o público que os criminosos mais procuram para passar fraude no Brasil
Um estudo da Serasa Experian mostrou que, em abril de 2025, as tentativas de fraude no Brasil avançaram sobre um novo público-alvo: jovens de até 25 anos. Segundo os dados, o número de golpes direcionados a essa faixa etária cresceu 50,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A mudança de foco dos criminosos revela uma dinâmica nas estratégias ofensivas, que agora se voltam a perfis altamente conectados e com menor histórico financeiro”, aponta o estudo.
O levantamento também indicou que o país registrou 1,1 milhão de tentativas de fraude contra jovens pelo Brasil no mês, o equivalente a uma ocorrência a cada 2,4 segundos. Todavia, esse volume mantém o índice acima de 1 milhão de casos desde janeiro.
Faixas etárias mais afetadas
Os adultos economicamente ativos continuam sendo o principal alvo dos golpistas. Em abril, a faixa etária de 36 a 50 anos concentrou um terço (33%) das ocorrências, seguida pelos grupos de 26 a 35 anos (26,3%) e até 25 anos (15%).
No entanto, ao comparar com abril de 2024, o maior crescimento proporcional ocorreu entre os mais jovens: a participação das vítimas com até 25 anos aumentou 50,2%, indicando um movimento preocupante de expansão das fraudes entre pessoas com menor histórico de crédito ou exposição anterior.
Além disso, as faixas de 26 a 35 anos e 36 a 50 anos também registraram altas de 38,2% e 26,8%, respectivamente.
Segundo Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, o aumento expressivo entre os jovens acende um alerta.
“Esse grupo, muitas vezes com pouco histórico de crédito e menos familiaridade com armadilhas digitais, tornou-se um novo alvo estratégico. É fundamental que a proteção comece cedo, com acesso à informação, educação digital e ferramentas de monitoramento constantes em cada etapa da jornada do cliente, garantindo proteção em camadas, do cadastro à compra”, ressalta.
Entre os públicos mais velhos, a participação de pessoas entre 51 e 60 anos cresceu 21,1%, enquanto o grupo acima de 60 anos teve aumento de 11,7%, mostrando que os fraudadores continuam mirando perfis mais vulneráveis em termos de experiência digital.
Bancos e cartões
O setor de bancos e cartões liderou as tentativas de fraude, concentrando 54,2% dos registros em abril, seguido por serviços (30,9%), financeiras (7,2%), telefonia (5,8%) e varejo (1,9%).
Todos os segmentos apresentaram aumento em relação a abril de 2024, com destaque para telefonia, que teve alta de 61,1%, seguida por bancos e cartões (32,9%) e serviços (23,9%). Por outro lado, financeiras e varejo registraram aumentos de 19% e 9,5%, respectivamente.
Modalidades de fraude
A maioria das tentativas foi identificada por inconsistências cadastrais (52,1%), envolvendo divergências em dados pessoais como CPF, nome, endereço ou telefone.
Em segundo lugar vieram os alertas relacionados à autenticidade de documentos e verificação biométrica (39,9%), e, por fim, comportamentos suspeitos em dispositivos (8%), como acessos a partir de equipamentos ligados a tentativas anteriores ou padrões anômalos de navegação.
Dicas para evitar fraudes
Para pessoas físicas:
- Garanta que documentos, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes;
- Desconfie de ofertas muito abaixo do mercado e de links enviados por email, SMS ou redes sociais;
- Cadastre chaves Pix apenas nos canais oficiais;
- Não forneça senhas ou códigos fora do aplicativo ou site oficial;
- Confirme transferências para amigos ou familiares por ligação ou presencialmente;
- Inclua dados pessoais e de cartão somente em ambientes seguros;
- Monitore o CPF regularmente.
Para empresas:
- Invista em tecnologias de prevenção à fraude;
- Implemente proteção em camadas para garantir segurança e experiência fluida do cliente;
- Garanta qualidade e veracidade dos dados de prevenção à fraude;
- Entenda profundamente o perfil do usuário;
- Use prevenção à fraude como alavanca para gerar receita, combinando segurança e experiência ágil.
Perguntas e respostas:
Qual foi o aumento nas tentativas de fraude entre jovens de até 25 anos?
As tentativas de fraude entre jovens de até 25 anos cresceram 50,2% em abril de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo um estudo da Serasa Experian.
Qual é o perfil dos novos alvos das fraudes?
Os criminosos estão agora focando em jovens altamente conectados e com menor histórico financeiro, o que revela uma mudança nas estratégias ofensivas.
Quantas tentativas de fraude foram registradas no Brasil em abril de 2025?
O Brasil registrou 1,1 milhão de tentativas de fraude em abril de 2025, o que equivale a uma tentativa a cada 2,4 segundos. Esse número se mantém acima de 1 milhão desde janeiro.
Quais faixas etárias são mais afetadas por fraudes?
Os adultos economicamente ativos são os principais alvos, com 33% das ocorrências entre pessoas de 36 a 50 anos, seguidos por 26,3% entre 26 a 35 anos e 15% entre jovens de até 25 anos. No entanto, o maior crescimento proporcional foi entre os mais jovens.
O que diz Caio Rocha sobre o aumento das fraudes entre jovens?
Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, alerta que os jovens, com pouco histórico de crédito e menos familiaridade com armadilhas digitais, tornaram-se um novo alvo estratégico. Contudo, ele enfatiza a importância de proteção precoce, educação digital e ferramentas de monitoramento.
Como as fraudes estão afetando faixas etárias mais velhas?
Por outro lado, entre os mais velhos, a participação de pessoas entre 51 e 60 anos cresceu 21,1%. Enquanto o grupo acima de 60 anos teve um aumento de 11,7%, indicando que os fraudadores também miram perfis vulneráveis em termos de experiência digital.
Qual setor liderou as tentativas de fraude em abril de 2025?
O setor de bancos e cartões liderou as tentativas de fraude, concentrando 54,2% dos registros, seguido por serviços (30,9%), financeiras (7,2%), telefonia (5,8%) e varejo (1,9%).
Quais foram os principais motivos identificados nas tentativas de fraude?
Por fim, a maioria das tentativas foi identificada por inconsistências cadastrais (52,1%). Todavia, seguidas por alertas relacionados à autenticidade de documentos e verificação biométrica (39,9%). E comportamentos suspeitos em dispositivos (8%).
Fonte: r7